O barco Louise Michel recolheu na sexta-feira 130 migrantes à deriva num barco pneumático, escreveram na rede social Twitter os organizadores da campanha na conta @MVLouiseMichel.
Depois de um primeiro resgate na quinta-feira, o navio agora tem 219 náufragos a bordo, contando apenas com dez tripulantes, adiantaram.
🔴Alert! #LouiseMichel assisted another 130 people – among them many women & children – and nobody is helping! We are reaching a State of Emergency. We need immediate assistance, @guardiacostiera & @Armed_Forces_MT. We are safeguarding 219 people with a crew of 10. Act #EU, now!
— LouiseMichel (@MVLouiseMichel) August 28, 2020
“Precisamos de ajuda imediata”, afirmaram, exortando a União Europeia e as autoridades italianas a agirem.
“Já há um morto no barco. Os outros apresentam queimaduras de combustível, estão no mar há dias e agora foram deixados por sua conta numa área de busca e salvamento da UE”, acrescentaram.
Batizado em homenagem a “Louise Michel”, uma anarquista francesa do século XIX, o navio, decorado com graffiti do artista britânico, partiu no dia 18 de agosto do porto espanhol de Borriana, perto de Valência, segundo o The Guardian.
O jornal referiu também que o navio está à procura de um porto seguro para desembarcar passageiros ou transferi-los para um navio das guardas costeiras europeias.
De acordo com o ‘site’ Marinetraffic, o Louise Michel estava esta madrugada imóvel no mar a cerca de cem quilómetros a sudeste da ilha italiana de Lampedusa, ao sul da Sicília.
A conta @MVLouiseMichel no Twitter também publicou várias fotos de uma operação de auxílio ao Sea-Watch 4, um navio humanitário das organizações não-governamentais (ONG) Médicos Sem Fronteiras e Sea-Watch, presente na área desde meados de agosto.
O diário britânico publicou várias fotos do barco, pintadas em rosa e branco, com graffiti de Banksy, retratando uma jovem com um colete salva-vidas segurando uma boia em forma de coração.
A tripulação é composta por 10 elementos, “ativistas europeus com longa experiência em investigação e salvamento no mar”.
A capitã do navio é Pia Klemp, uma ativista de direitos humanos alemã conhecida por ter conduzido vários outros navios de resgate, incluindo o Sea-Watch 3.
O jornal diz que o artista não está a bordo, acrescentando que toda a operação foi montada entre Londres, Berlim e Borriana.
Muitos barcos pequenos com migrantes, principalmente tunisinos, atracaram durante todo o verão na ilha italiana de Lampedusa, no sul da Sicília.
O Sea-Watch 4, navio das ONG Médicos sem Fronteiras e Sea-Watch, está presente na área desde meados de agosto e já realizou diversos resgates.
O último navio a regressar do Mediterrâneo central, o Ocean Viking – fretado pela ONG SOS Méditerranée – desembarcou na Sicília no início de julho com 180 migrantes, antes de ser imobilizado pelas autoridades italianas por “motivos técnicos”.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com