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Negociar com a Europa é fácil, diz Trump: “Basta impor taxas sobre os carros que dão-nos tudo o que quisermos”

Depois de assinar um acordo com Bruxelas para a venda da “melhor carne de vaca do mundo” no continente europeu, Donald Trump prometeu aos jornalistas que basta impor taxas sobre os veículos europeus para que as vontades lhe sejam feitas.
21 Agosto 2019, 12h02

Donald Trump acredita que tem uma grande vantagem negocial sobre a União Europeia (UE). Durante uma conferência de imprensa, esta terça-feira, citada pelo CNBC, o chefe de Estado norte-americano contou aos jornalistas que conseguia obter qualquer coisa da União Europeia através do aumento das tarifas sobre os automóveis que seriam lhe feitas as vontades. “Temos as cartas a nosso favor porque tudo o que temos de fazer é taxar os carros e eles dão-nos tudo o que quisermos. Mandam-nos milhões de Mercedes. Milhões de BMWs”, prometeu.

As declarações chegam depois de Washington assinar um acordo com Bruxelas para que os produtores norte-americanos possam vender na Europa “a melhor carne de vaca do mundo”, de acordo com Trump. Com a concretização deste acordo, os produtores norte-americanos poderão vender anualmente na Europa até 35 mil toneladas de carne de vitela durante um período de sete anos, o que pode trazer cerca de 420 milhões de dólares para os cofres americanos.

Agora, o presidente mostra novamente intenções de aplicar taxas sobre os veículos. No início do ano, Trump tinha prometido impor tarifas sobre os carros e peças de automóveis vindas da UE e do Japão mas decidiu adiar o imposto por 180 dias em meados de maio.

Recessão económica

Donald Trump assegurou que a economia norte-americana está “muito longe de uma recessão”, apesar de vários economistas preverem uma desaceleração na economia do país dentro de 12 a 18 meses. A discussão sobre uma recessão na maior economia mundial, que vive atualmente o seu mais longo período de crescimento e tem a mais baixa taxa de desemprego em 50 anos, tem sido justificada nos últimos tempos com o comportamento dos mercados financeiros.

Donald Trump, que respondia aos jornalistas na Casa Branca, em Washington, defendeu que a palavra recessão era “inapropriada”. “Estamos muito longe de uma recessão”, disse o Presidente dos Estados Unidos, referindo que a sua administração está a analisar a possibilidade de efetuar uma nova redução nos impostos. “Uma redução dos encargos sociais está a ser pensada”, frisou.

Trump confirmou, assim as notícias avançadas esta semana pelo Washington Post e pelo New York Times, a dar conta de um plano de estímulos económicos que está a ser preparado na Casa Branca para a eventualidade de o cenário de recessão se confirmar.

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