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Netanyahu: É preferível enfrentar Irão “agora do que mais tarde”

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o Irão está a fornecer armas avançadas para a Síria, o que representa um perigo para Israel, sendo preferível enfrentar Teerão “agora do que mais tarde”.
  • REUTERS/Dan Balilty
6 Maio 2018, 14h21

Netanyahu disse hoje, durante uma reunião de gabinete, que estão “determinados a bloquear a agressão do Irão” contra Israel. “(…) Mesmo que isso signifique lutar. Melhor agora do que mais tarde”, declarou o primeiro-ministro.

Israel alertou repetidamente que não tolerará uma presença militar iraniana permanente na vizinha Síria.
O Irão é um importante aliado do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e forneceu ajuda militar crucial para as suas forças. Por outro lado, o Irão é um dos maiores “inimigos” de Israel.

O acordo nuclear com o Irão foi concluído em Viena entre Teerão e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), antes da chegada à Casa Branca de Donald Trump. O acordo regula as atividades nucleares de Teerão, de modo a garantir sua natureza exclusivamente pacífica.

Em maio deste ano, o primeiro-ministro israelita explicou na televisão, a partir da sede do Ministério da Defesa, em Tel Aviv, que os serviços de inteligência do país recolheram grandes quantidades de documentos físicos e digitais que confirmam que o Irão “mentiu sobre o seu compromisso com o acordo nuclear assinado em 2015”.

Netanyahu adiantou que essas provas já foram mostradas aos Estados Unidos, mas também a França e ao Reino Unido. “Agora, os Estados Unidos têm tudo para salvaguardar a paz mundial”, disse, referindo-se ao prazo que acaba em 12 de maio para Trump decidir se se retira ou não do acordo nuclear assinado por Teerão.

Netanyahu afirma que os arquivos em sua posse – que serão também enviados à Agência Internacional de Energia Atómica – constituem “evidências conclusivas do programa de armas nucleares do Irão”, explanadas em cerca de 55 mil páginas e arquivos guardados em 183 discos compactos. “Durante anos, o Irão teve um programa nuclear secreto, o Projeto Amad. Vamos agora mostrar que era um plano para fabricar armas nucleares”, afirmou Netanyahu.

As palavras do primeiro-ministro israelita surgiram no dia seguinte a um ataque a duas bases sírias com presença militar iraniana. O impacto dos mísseis matou pelo menos 26 pessoas, incluindo iranianos, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma ONG independente que documenta atividades de guerra no país árabe.

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