Como o Natal anda aí à porta e estou farto de chatices, escolho um tema pacífico.
As reformas são uma miséria, não há casas para arrendar, o problema da habitação é gravíssimo, viver no centro da cidade é uma utopia, mais especificamente na Madeira, o comércio anda parado, o Norte da Ilha desertificado, a Agricultura completamente esquecida, a miséria instalada, visível pelos sem abrigo, e a actividade de mendigo tornou-se profissão.
A criminalidade é de furtos de garrafas de Whisky, e de outras bagatelas.
A tecnologia nem vê-la, e já nem a poncha se vende como antigamente; mas graças a Deus vêm aí as festas de Natal, para alegrar um pouco a malta; desde que haja um dinheirinho para gastar.
Agora passando ao Natal Madeirense, é efectivamente único, e vivido de forma bastante intensa, apesar de já se ter comercializado algumas festas como a noite do Mercado, ainda existem tradições que foram mantidas.
Gosto de ir à Camacha no dia 24, parece-me uma festa genuína, com gente boa, o que pode ter que ver com o espírito natalício da véspera de Natal.
O dia 25 é bom, mas quando há prendas de jeito, ou então uma cartada bem jogada; é comer e beber até não poder mais.
Todos aqueles que estão no limiar desta realidade concerteza terão uma visão diferente e até decadente deste espírito.
O Passado confunde-se no presente, e o Pai Natal é um precário à procura de ganhar mais uns trocos.
Dá-se o final de ano, e entramos em 2019 com a esperança e a melancolia de desejar um Futuro melhor.
2019 é o ano de eleições, e de eleitos; prevejo um ano em que pode não mudar nada, mas tenho uma ligeira esperança de que se mude tudo.
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