Norges Bank reforçou em 70% investimento em Portugal, para 1,7 mil milhões. Ação preferida é a EDP
O maior fundo de pensões do mundo tinha 22 investimentos em Portugal, que totalizaram 1,7 mil milhões de dólares em ações e Obrigações do Tesouro, no final de 2017. O valor é o mais elevado de sempre e significa um aumento de 70% em relação aos 1.000 milhões investidos em 2016, segundo o relatório anual do Fundo Soberano da Noruega, divulgado esta terça-feira.
Entre as ações, as preferidas estão as da EDP, empresa em que o fundo norueguês tem uma participação de 2,68%. Tinha alocados, em 2017, 336 milhões de dólares à energética, acima dos 219 milhões no ano anterior.
Todas cotadas do PSI 20 foram alvo do fundo norueguês, que investiu na Altri, BCP, Corticeira Amorim, CTT, EDP Renováveis, Galp, Ibersol, Jerónimo Martins, Mota-Engil, Navigator, NOS, Pharol, REN, Semapa, Sonae e Sonae Capital. A única exceção foi a Novabase.
Em termos de dívida, o Fundo Soberano da Noruega detinha, em 2017, 633 milhões de dólares, dos quais 461 milhões eram Obrigações do Tesouro português. O valor fica, no entanto, consideravelmente abaixo do máximo, atingido em 2007, ano em que o fundo detinha 2.543 milhões de dólares em dívida nacional.
O fundo de pensões norueguês detém ainda obrigações dos bancos BCP, Santander Totta, Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Geral de Depósitos e das empresas de capital público CP – Comboios de Portugal, IP – Infraestruturas de Portugal e Parpública.
No total, o Norges Bank, deu um retorno de 13,7%, ou 1.028 mil milhões de coroas norueguesas, em 2017. As ações foram os ativos que mais contribuíram para o ganho, com um retorno de 19,4%, enquanto investimento em imobiliário deu 7,5% ao fundo e fixed income 3,3%. No final do ano passado, o fundo atingiu um valor de mercado de 8.488 mil milhões de coroas norueguesas (880 mil milhões de euros).
