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Nova Iorque reabre escolas básicas menos de duas semanas depois de as ter encerrado

A cidade de Nova Iorque, que fechou as escolas públicas devido ao aumento dos casos de infeção com o novo coronavírus, anunciou hoje que vai reabrir as escolas do ensino básico, a partir de 7 dezembro.
29 Novembro 2020, 19h47

As escolas tinham sido encerradas há menos de duas semanas, mas depois de receber duras críticas por mandar alunos para casa, enquanto as lojas ou restaurantes estavam abertos, o Conselho da Cidade de Nova Iorque retrocedeu e apresentou um novo plano para que o ensino possa voltar a parte dos seus estabelecimentos.

A partir de 7 de dezembro, os alunos do ensino básico poderão regressar às aulas presenciais, enquanto os alunos dos níveis mais avançados continuarão com as aulas ‘online’.

As crianças com deficiências graves também voltarão às escolas a partir de 10 de dezembro, anunciou o prefeito Bill de Blasio, em conferência de imprensa.

A cidade de Nova Iorque tinha definido critérios rígidos de combate à pandemia, entre os quais o encerramento das escolas públicas e a transferência de todos os alunos para programas ‘online’, se a taxa de testes positivos na cidade chegasse a três por cento, um número menor do que decidido para o resto do Estado.

Quando os casos de infeção pelo novo coronavírus começaram a aumentar durante o mês de novembro, as escolas foram fechadas, apesar de o número de positivos nas escolas ser muito baixo.

O plano de reabertura exigirá que os alunos que voltem às salas de aula façam testes semanais para covid-19 e, ao contrário do que aconteceu até agora, permitirá que as crianças frequentem a escola cinco dias por semana.

Esta nova medida acabará praticamente com o modelo “híbrido” que Nova Iorque tinha implantado, em que os alunos frequentavam o centro dois ou três dias por semana e os demais acompanhavam as aulas por videoconferência, na tentativa de reduzir o número de pessoas presentes em todos os momentos nos edifícios.

Segundo De Blasio, esse novo modelo é baseado na “experiência” adquirida nos últimos meses, e será o que se manterá até que haja uma vacina que permita um certo retorno à normalidade.

Por enquanto, apenas os alunos que se inscreveram para o ensino presencial poderão regressar às aulas, enquanto os que optaram pelas aulas à distância continuarão nesse percurso.

As autoridades estimam que cerca de 335.000 alunos possam voltar à escola, pouco menos de um terço do total que estava matriculado no ano passado na rede pública da cidade, que é a maior dos Estados Unidos e uma das poucas, entre as grandes cidades do país, que optaram pelo ensino presencial.

Os Estados Unidos ultrapassaram hoje o número de 265.000 mortes por covid-19 e os 13 milhões de infetados, ao mesmo tempo que as autoridades alertaram para um aumento dos casos nos próximos dias após o feriado de Ação de Graças.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.453.074 mortos resultantes de mais de 62,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.427 pessoas dos 294.799 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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