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Nova marca ‘Cereais do Alentejo’ prevê faturar 2,5 milhões até 2021

Esta iniciativa da ANPOC prevê envolver cerca de dez mil toneladas de cereal, abrangendo uma área cultivada de mais de 3.300 hectares.
2 Junho 2019, 18h27

A ANPOC – Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais acaba de lançar a marca ‘Cereais do Alentejo’ e prevê gerar um volume de negócios no valor de 2,5 milhões de euros no período de dois anos.

Por ocasião do 20.º aniversário do Clube Português dos Cereais de Qualidade, esta iniciativa da ANPOC prevê envolver cerca de dez mil toneladas de cereal, abrangendo uma área cultivada de mais de 3.300 hectares.

“Além de assumir um papel agregador na fileira dos cereais, a marca Cereais do Alentejo pretende contribuir para o desenvolvimento económico e social do País através da redução da dependência alimentar externa e da consolidação e do aumento das áreas de produção”, defende um comunicado da ANPOC.

De acordo com José Pereira Palha, presidente da ANPOC, “a criação da marca Cereais do Alentejo surge na sequência do lançamento da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais em Portugal, coordenada pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral e na qual a ANPOC teve intervenção, mas também num contexto em que a segurança alimentar e a saúde pública têm vindo a tornar cada vez mais exigentes normas que garantam a proveniência dos produtos agroalimentares”.

“E, neste em particular, o fator portugalidade e o reconhecimento do valor dos nossos produtos têm um peso importante”, sublinha o referido responsável.

O líder da ANPOC explica ainda que os cereais são vistos como ‘commodities’, o que faz aumentar a sua dependência perante os mercados internacionais.

“Nos últimos 30 anos, a área de produção em Portugal baixou de 900 mil hectares para cerca de 200 mil. Há que inverter esta tendência e tornar o setor mais atrativo. Ao criar uma marca única, que une produtores, investigação e indústria dos cereais estamos a dar o primeiro passo”, defende José Pereira Palha.

A ANPOC sublinha que já celebrou um contrato com a Germen, uma das maiores empresas de moagem de cereais em Portugal, e com a Sonae para a comercialização de produtos produzidos com cereais do Alentejo.

Além disso, a associação também já assinou um protocolo com a Cerealis e a Auchan também para a comercialização dos cereais, além de uma parceria com a Cerealis para a produção das massas com o selo ‘Cereais do Alentejo’ (edição limitada).

No total, a marca ‘Cereais do Alentejo’ é constituída por cinco organizações de produtores associadas da ANPOC: a Cersul – Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, a Cooperativa Agrícola de Beringel, a GlobAlqueva e a Procereais.

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