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Novas centrais solares vão gerar poupanças de 37 milhões por ano nas tarifas

Os sul-coreanos da Hanwha Q Cells foram os grandes vencedores do segundo leilão de energia solar, ao conquistarem seis dos 12 lotes a concurso.
  • Lusa
27 Agosto 2020, 08h10

As novas centrais solares vão gerar poupanças de 37 milhões de euros por ano nas tarifas de eletricidade para os consumidores ao longo de 15 anos, segundo contas do Governo após a conclusão do segundo leilão de energia solar.

“Concluído o leilão, registam-se ganhos para os consumidores na ordem dos 559 milhões de euros a 15 anos, o que equivale a cerca de 37,2 milhões de euros/ ano”, segundo o ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Questionado sobre como podem os consumidores obter estas poupanças, o secretário de Estado da Energia explicou o que está em causa.

“Há dois efeitos, e um é direto e garantido: isto abate diretamente ao sobrecusto da PRE [Produção em Regime Especial] que vai diretamente às tarifas de acesso à rede, determinadas pela ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos]”, disse João Galamba na conferência de imprensa realizada na quarta-feira onde foram anunciados os resultados.

“Enquanto que hoje o sobrecusto da PRE onera as tarifas de acesso à rede que são pagas por todos os consumidores, em particular pelos domésticos, aqui vai acontecer o oposto: este valor abate diretamente ao sobrecusto da PRE, que anda em torno de 1.200 milhões de euros por ano”, de acordo com João Galamba.

O segundo efeito no preço da eletricidade é que a “entrada no MIBEL [Mercado Grossista Ibérico de Eletricidade]de mais tecnologias renováveis vai baixar o preço. Vamos pagar menos eletricidade. À medida que as centrais entrarem em funcionamento o ganho irá ser imediato”, acrescentou.

Por sua vez, o ministro do Ambiente destacou que os 559 milhões de euros previstos “vão entrar no sistema seja qual for o valor de mercado de eletricidade.

João Pedro Matos Fernandes apontou que esta é uma “completa inversão do tempo em que estas tecnologias não eram maduras e os consumidores tinham de pagar mais para ter eletricidade a partir de fontes renováveis”.

“Com um preço mais baixo na própria produção e sendo a produção mais expressiva, os consumidores vão ter a eletricidade tendencialmente mais barata ao longo do tempo”, afirmou o ministro.

Os sul-coreanos da Hanwha Q Cells foram os grandes vencedores do segundo leilão de energia solar, ao conquistarem seis dos 12 lotes a concurso, obtendo também a maior parte da potência em jogo (315 MW) do total de 670 megawatts (MW) disponíveis.

Na segunda posição, os espanhóis da Audax conquistaram dois lotes, com a Iberdrola  a conquistar outro lote, depois de ter sido a vencedora em termos de lotes no primeiro leilão de energia solar. Já a Endesa estreia-se na energia solar no país, com a companhia italo-espanhola a construir a sua primeira central solar em Portugal. A alemã TAG Energy venceu um lote, assim como a Enerland.

https://jornaleconomico.pt/noticias/sul-coreanos-foram-os-grandes-vencedores-do-segundo-leilao-de-energia-solar-629400

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