As novas centrais solares vão gerar poupanças de 37 milhões de euros por ano nas tarifas de eletricidade para os consumidores ao longo de 15 anos, segundo contas do Governo após a conclusão do segundo leilão de energia solar.
“Concluído o leilão, registam-se ganhos para os consumidores na ordem dos 559 milhões de euros a 15 anos, o que equivale a cerca de 37,2 milhões de euros/ ano”, segundo o ministério do Ambiente e da Ação Climática.
Questionado sobre como podem os consumidores obter estas poupanças, o secretário de Estado da Energia explicou o que está em causa.
“Há dois efeitos, e um é direto e garantido: isto abate diretamente ao sobrecusto da PRE [Produção em Regime Especial] que vai diretamente às tarifas de acesso à rede, determinadas pela ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos]”, disse João Galamba na conferência de imprensa realizada na quarta-feira onde foram anunciados os resultados.
“Enquanto que hoje o sobrecusto da PRE onera as tarifas de acesso à rede que são pagas por todos os consumidores, em particular pelos domésticos, aqui vai acontecer o oposto: este valor abate diretamente ao sobrecusto da PRE, que anda em torno de 1.200 milhões de euros por ano”, de acordo com João Galamba.
O segundo efeito no preço da eletricidade é que a “entrada no MIBEL [Mercado Grossista Ibérico de Eletricidade]de mais tecnologias renováveis vai baixar o preço. Vamos pagar menos eletricidade. À medida que as centrais entrarem em funcionamento o ganho irá ser imediato”, acrescentou.
Por sua vez, o ministro do Ambiente destacou que os 559 milhões de euros previstos “vão entrar no sistema seja qual for o valor de mercado de eletricidade.
João Pedro Matos Fernandes apontou que esta é uma “completa inversão do tempo em que estas tecnologias não eram maduras e os consumidores tinham de pagar mais para ter eletricidade a partir de fontes renováveis”.
“Com um preço mais baixo na própria produção e sendo a produção mais expressiva, os consumidores vão ter a eletricidade tendencialmente mais barata ao longo do tempo”, afirmou o ministro.
Os sul-coreanos da Hanwha Q Cells foram os grandes vencedores do segundo leilão de energia solar, ao conquistarem seis dos 12 lotes a concurso, obtendo também a maior parte da potência em jogo (315 MW) do total de 670 megawatts (MW) disponíveis.
Na segunda posição, os espanhóis da Audax conquistaram dois lotes, com a Iberdrola a conquistar outro lote, depois de ter sido a vencedora em termos de lotes no primeiro leilão de energia solar. Já a Endesa estreia-se na energia solar no país, com a companhia italo-espanhola a construir a sua primeira central solar em Portugal. A alemã TAG Energy venceu um lote, assim como a Enerland.
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