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Novas projeções do Conselho das Finanças Públicas: crescimento acelera para 2,7% e défice fica em 1,4%

Num relatório publicado hoje sobre as condicionantes da economia até 2021, o organismo liderado por Teodora Cardoso espera, que, em termos de contas públicas, o défice fique abaixo da meta prevista inicialmente pelo Governo e fique em 1,4%.
28 Setembro 2017, 11h28

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,7% este ano, graças “à forte aceleração” do investimento e das exportações, a que se associou uma “rápida quebra do desemprego e a retoma na confiança da economia”.

Num relatório publicado hoje sobre as condicionantes da economia até 2021, o organismo liderado por Teodora Cardoso espera, que, em termos de contas públicas, o défice fique abaixo da meta prevista inicialmente pelo Governo e fixe em 1,4%.

Num cenário de médio prazo com políticas invariantes, o CFP considera que existe “capacidade da economia portuguesa para reentrar numa trajetória de crescimento moderado e de reequilíbrio macroeconómico, na sequência de um forte ajustamento, compreendendo medidas de consolidação orçamental, a par com a criação de condições propícias para a retoma das exportações e do investimento”.

Em 2018, o crescimento do PIB deverá reduzir-se para 2,1%, abrandando depois a um ritmo de 0,2 pontos percentuais (p.p) por ano até estabilizar em 1,7% de 2020 em diante. “O crescimento económico continuará alicerçado na procura interna, uma vez que as exportações líquidas deverão apresentar um contributo líquido nulo em 2017, estabilizando depois num valor ligeiramente negativo (0,1 p.p.) até ao final do horizonte de projeção”, indica o organismo.

Implicitamente, o CFP “assume a manutenção da capacidade de contenção da despesa demonstrada em 2016 e no primeiro semestre de 2017. A atualização incorpora um cenário macroeconómico mais favorável, o que perspetiva uma dinâmica de convergência mais acentuada entre os rácios da receita e da despesa. Esta evolução revela um processo de consolidação orçamental focado, essencialmente, no contributo da diminuição da despesa”.

A médio prazo, projeta-se também uma trajetória descendente do rácio da dívida pública, de 130,1% do PIB, no final de 2016, para 112,9% do PIB, em 2021.

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