O Novo Banco entra nos últimos meses do ano com um rácio de NPL de 9,97%, o indicador que fica abaixo dos dois dígitos pela primeira vez na história da instituição financeira.
António Ramalho, CEO do Novo Banco, referiu esta manhã, em conferência de imprensa, que o banco foi de todas as instituições de crédito supervisionadas pelo Banco Central Europeu aquela que mais reduziu o NPL, passando de um rácio 33,34% em 2017 — sendo o quinto pior banco europeu —, que baixou para 11,8% no ano passado, e que está agora em 9,97%.
“Para um banco que já teve um terço do seu ativo como ativo improdutivo, temos agora um quinto”, salientou António Ramalho, sinalizando a evolução do balanço do banco.
Concluída a auditoria da Deloitte aos ativos de gestão do BES/Novo Banco, que cobre um período de 18 anos, entre 2000 a 2018, inicia-se agora o “ciclo do esclarecimento”, segundo António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, depois de um período de silêncio por questões éticas.
Sobre o processo de alienação de alguns ativos, António Ramalho disse que a “venda era fundamental para libertar capital”, em linha com os compromissos assumidos perante a DG Comp, o Banco Central Europeu e sempre com prévia autorização do Fundo de Resolução (FdR).
Em relação à venda de ativos imobiliários, que representavam de 5,2% da totalidade do seu ativo, era “mais do dobro” do maior banco português, que é a Caixa Geral de Depósitos, “que só tinha 2,3% do seu ativo em imobiliário”, disse António Ramalho.
O CEO do Novo Banco explicou que a venda de portefólios era a única solução, uma vez que tinha de os vender em dois anos, segundo as regras, porque não são ativos afetos à exploração.
António Ramalho disse que se tivesse vendido ativo a ativo, o Novo Banco poderia demorar “vinte anos” a desfazer-se dos ativos imobiliários.
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