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Novo Banco com ofertas da Apollo e de espanhóis para a GNB Vida

O processo de alienação da seguradora GNB Vida está a ser seguida pelo Fundo de Resolução que será chamado a cobrir eventuais perdas na venda. Na corrida estão a Apollo (dona da Seguradora Unidas – que junta a Tranquilidade e a Açoreana) e grupos espanhóis do setor segurador, apurou o Jornal Económico.
  • Cristina Bernardo
19 Janeiro 2018, 11h30

A venda da GNB Vida (ex-BES vida) é a primeira operação de venda de um activo que está debaixo do mecanismo de capitalização contingente, do Fundo de Resolução.

A venda está a ser gerida pelo Novo Banco, mas o Fundo de Resolução está a acompanhar ao detalhe e tem a palavra final.

É que a venda da GNB Vida abaixo do seu valor contabilístico – que no balanço do Novo Banco está registado a pouco mais de 450 milhões de euros – pode levar o Fundo de Resolução a ter de cobrir a diferença recorrendo ao pote dos 3,89 mil milhões de euros definidos no acordo de venda do Novo Banco ao Lone Star.

O valor dos ativos que estão sob o mecanismo de capitalização contingente (isto é, que estão garantidos e são da responsabilidade do Fundo de Resolução) são, segundo disse recentemente Ricardo Mourinho Félix, 12,7 mil milhões de euros brutos e 7 mil milhões de euros líquidos, porque estão provisionados a 38,4%. O secretário de Estado disse também que “o uso de todo o dinheiro do mecanismo (3,89 mil milhões de euros) implicaria um provisionamento dos ativos a 70%, o que não parece provável”. Recorde-se que o Estado tem a obrigação de financiamento do Fundo de Resolução para este mecanismo, durante 11 anos, apesar do mecanismo de capitalização contingente ter a duração de oito anos.

Na corrida está a Apollo (dona da Seguradora Unidas – que aglutina a Tranquilidade e a Açoreana) e grupos espanhóis do setor segurador, apurou o Jornal Económico.

O processo de contactos com possíveis compradores está a ser assessorado pela consultora Deloitte.

Ainda não está na fase da short-list propriamente dita, mas já há 3 a 4 propostas que se destacam. Neste momento o banco liderado por António Ramalho está a pedir aos candidatos para melhorarem as propostas, soube o Jornal Económico.

Recorde-se que prazo para a entrega das propostas não-vinculativas terminou na primeira semana de outubro.

A Apollo está fortemente empenhada na aquisição, pois a GNB Vida é a última seguradora disponível com acesso a uma rede bancária de referência, exactamente o Novo Banco, porque há um acordo comercial.

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