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Novo Banco cumpriu 32 dos 33 objetivos impostos em 2019 pela Comissão Europeia e o Governo

“Não fizemos a limpeza total, mas fizemos grande parte. Conseguimos impor a todos os compradores destes ativos que ficassem com eles. Ainda bem que o fizemos”, disse António Ramalho, CEO do Novo Banco, considerando que a instituição financeira está assim em melhores condições para apoiar a economia durante a crise da Covid-19.
  • Cristina Bernardo
22 Abril 2020, 12h45

O Novo Banco cumpriu de forma “quase integral” os objetivos que lhe foram impostos para 2019 pela Comissão Europeia e o Governo português, definidos no acordo de venda ao fundo norte-americano da Lone Star.

“O cumprimento dos objetivos foi quase integral, cumprimos 32 dos 33 compromissos, o 33º prende-se com a venda de um ativo de seguros não vida”, revelou António Ramalho, presidente executivo da instituição financeira, na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), esta quarta-feira.

O ano passado foi “um ano decisivo do ponto de vista da reestruturação do Novo Banco”, reforçou o CEO do banco, porque foi ano em que a Comissão Europeia fez simultaneamente “a adequação das políticas de limpeza do balanço e a análise da viabilização do banco para dar apoio à economia”.

Estes objetivos incluíam, entre outros, obter determinada margem, reduzir o rácio de eficência cost-to-income, reduzir o número de colaboradores e, claro, limpar o balanço do banco dos chamados ativos legacy, que são os ativos tóxicos.

À data da negociação do acordo de venda, em 2017, o resultado operacional comercial do Novo Banco era de 90 milhões, enquanto o rácio cost-to-income ascendia aos 85,5%. Números que “tornavam duvidosa a viabilidade” da instituição financeira, vincou António Ramalho. Em 2019, o resultado operacional comercial (margem financeira) quadriplicou para 378 milhões e o rácio de eficiência caiu para os 53,7%. O Novo Banco reduziu ainda 11% o número de colaboradores entre 2017 e 2019.

O Novo Banco reduziu em 70% o ativo legacy, que passou de 14,7 mil milhões de euros para os 4,5 mil milhões em 2019. Além disso, o banco fez “a redução da carteira de imóveis de 37%, passando de 3,5 mil para 2,2 mil milhões”, e o malparado foi reduzido de 10,1 mil milhões de euros para 2,4 mil milhões de euros.

“Não fizemos a limpeza total do balanço, mas fizemos grande parte. Conseguimos impor a todos os compradores destes ativos que ficassem com eles. Ainda bem que o fizemos”, disse António Ramalho, porque considerou que, assim, a instituição financeira está em melhores condições para apoiar a economia durante a crise da Covid-19.

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