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Novo Banco já deu mais de 36 mil moratórias no crédito à habitação que representam 2.150 milhões de euros

Apesar do valor em causa — 2.150 milhões de euros — o Novo Banco salienta que 85% dos clientes que celebraram contratos de crédito à habitação com a instituição financeira “mantiveram as suas responsabilidades no pagamento das prestações” durante o “contexto adverso” da pandemia.
  • Cristina Bernardo
12 Agosto 2020, 11h02

O Novo Banco já concedeu 36.642 moratórias às famílias portuguesas desde março de 2020, relativas a contratos de crédito à habitação, e que representam 2.150 milhões de euros.

Em comunicado, a instituição financeira liderada por António Ramalho refere que “a concessão de moratórias do crédito à habitação, que vigora até ao dia 31 de março de 2021, é crucial, principalmente devido ao aumento significativo dos lay off que têm vindo a afetar em larga medida o rendimento das famílias”.

Apesar do valor em causa — 2.150 milhões de euros — o Novo Banco salienta que 85% dos clientes que celebraram contratos de crédito à habitação com a instituição financeira “mantiveram as suas responsabilidades no pagamento das prestações” durante o “contexto adverso” da pandemia da Covid-19.

Estes são apenas os números para as moratórias relativas ao crédito à habitação concedidas pelo Novo Banco pelo que, se se tiver também em conta as moratórias sobre o crédito a empresas, consumo e outros, o valor dos contratos de financiamento abrangidos pelas moratórias concedidas pelo banco é mais elevado.

Na apresentação dos resultados do primeiro semestre deste ano, até 30 de junho, o Novo Banco explicou que as moratórias abrangeram cerca de 30% da carteira de crédito a empresas (cerca de 4,7 mil milhões de euros), que foram todas concedidas ao abrigo do regime público, nas quais os clientes beneficiam da suspensão de pagamentos de capital e ou juros até março de 2021.

A estas, somam-se ainda as moratórias dadas sobre o crédito ao consumo e outros, que abrangeram cerca de 15% da totalidade da carteira de crédito ao consumo da instituição financeira (aproximadamente 225 milhões de euros), concedidas ao abrigo das moratórias pública (até março de 2021) ou privada (até junho de 2021).

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