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Novo confinamento pode custar 11 mil milhões de euros mensais ao governo francês

O presidente Emmanuel Macron anunciou na última quarta-feira um terceiro confinamento nacional com as escolas a encerrarem durante as próximas três semanas e ao fecho temporário de 150 mil empresas.
2 Abril 2021, 10h08

As restrições provocadas pelo terceiro confinamento poderão custar 11 mil milhões de euros ao governo francês e com isso abrandar o crescimento económico do país. A informação foi revelada pelo ministro das Finanças, Bruno Le Maire, em declarações à estação televisiva “CNews”, citada pela agência “Reuters” esta sexta-feira, 2 de abril.

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou na última quarta-feira um terceiro confinamento nacional com as escolas a encerrarem durante as próximas três semanas e ao fecho temporário de 150 mil empresas, numa altura em que os hospitais gauleses estão em vias de ficar sobrelotados devido ao aumento de casos por Covid-19.

“Estas medidas vão impactar o crescimento económico em 2021. Estamos num processo de avaliação. Haverá uma nova avaliação nos próximos dias”, referiu Le Maire quando questionado sobre a meta de crescimento económico do governo para este ano prevista nos 6%.

O ministro das Finanças deixou também um apelo à União Europeia (UE) para que acelere a implementação do programa de estímulos económicos. “A Europa deve compreender que devemos avançar rapidamente e que os fundos de estímulo prometidos aos cidadãos europeus devem agora chegar aos Estados-Membros. Em 2022 ou 2023 será tarde demais. Os chineses e os americanos estarão à nossa frente”, sublinhou.

Além de Bruno Le Maire, também o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, afirmou na quinta-feira que não espera que as novas restrições tenham um impacto na previsão de crescimento de 5,5% da entidade financeira em 2021, desde que as restrições não vão para além do início de maio.

Na quinta-feira a França registou mais de 50 mil novas infecções por Covid-19 na quinta-feira e 308 mortes, enquanto o número de pessoas em unidades de cuidados intensivos aumentou para as 5.109.

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