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Novo troço ferroviário de ligação entre Elvas e Espanha está quase pronto

IP já iniciou as vistorias para verificar “a perfeita execução das obras” e dar por concluída a construção deste troço de 11 quilómetros do Corredor Internacional Sul, que representou um investimento de 20,4 milhões de euros.
21 Janeiro 2020, 07h30

A IP – Infraestrutura de Portugal já iniciou as vistorias aos trabalhos executados no âmbito da empreitada de modernização do troço da linha do Leste, entre Elvas e Caia, na fronteira com Espanha, que integrará o futuro Corredor Internacional Sul, antevendo a conclusão da obra a muito curto prazo.

“A realização das vistorias, para efeitos de receção provisória da obra, tem como objetivo a confirmação da perfeita execução dos trabalhos, bem como todas as obrigações contratuais e legais”, explica um comunicado da IP.

Segundo a empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária nacional, “o investimento na modernização do troço da linha do Leste, com 11 quilómetros de extensão, entre Elvas e Caia (fronteira com Espanha) é desenvolvido no âmbito do programa de requalificação e modernização da Rede ferroviária Nacional, Ferrovia 2020”.

De acordo com os responsáveis da IP, a empreitada agora em fase de conclusão representou um investimento de 20,4 milhões de euros e englobou, entre outros, a ampliação da estação ferroviária de Elvas; ampliação e alteração do ‘layout’ da estação de Elvas, de modo a permitir a manobra de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento; adaptação do edifício da estação para instalação de novas salas técnicas; alteamento das plataformas; adequação dos acessos pedonais de forma a garantir a mobilidade pedonal, principalmente no reforço e melhoria de acessos para pessoas com mobilidade condicionada; renovação integral da superestrutura de via (carril, travessas e balastro); tratamento da plataforma ferroviária, melhoria da drenagem, estabilização de taludes e construção de estruturas de suporte e contenção; instalação de infraestruturas para futura implementação de sinalização eletrónica (ETCS e GSM-R) e telecomando de catenária; construção de maciços de catenária para a futura eletrificação; melhoria da segurança na circulação rodoferroviária, através da construção de desnivelamentos rodoviários e restabelecimentos, para supressão das quatro (quatro) passagens de nível existentes ao longo do troço; e substituição dos tabuleiros e reforço dos pilares das centenárias pontes ferroviárias – ponte do Caiola e ponte do Caia.

“Este troço da linha do Leste complementará o novo canal ferroviário em construção entre Évora e a linha do Leste, numa lógica de desenvolvimento evolutivo das ligações ferroviárias a Espanha, no quadro da Rede Transeuropeias de Transportes (RTE-T), a ligação ferroviária de mercadorias entre os portos portugueses e o resto da Europa, assegurando desde logo uma ligação de passageiros.  Criar-se-ão igualmente as condições para a compatibilidade técnica e operacional na ligação aos troços contíguos e o cumprimento das disposições técnicas de interoperabilidade”, destaca um comunicado da IP.

A IP referir ainda que os investimentos em referência se integram nos objetivos gerais do Corredor Internacional Sul, elencando-os: reduzir o tempo de trajeto, em consequência da utilização de comboios de tração elétrica entre Sines e Caia; aumentar a eficiência e atratividade do transporte ferroviário de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento; otimizar a capacidade de carga das locomotivas em tração simples, através da otimização do perfil longitudinal do novo traçado; aumento da segurança e da fiabilidade da exploração ferroviária, em resultado da instalação de novo sistema de sinalização e telecomunicações, bem como da automatização e supressão de passagens de nível.

A empresa liderada por António Laranjo salienta que este troço ferroviário está preparado para, no futuro, permitir a instalação de bitola UIC (europeia), mas apenas quando a rede espanhola mudar da bitola ibérica para a bitola europeia.

“O presente contrato será objeto de apoio da União Europeia através do programa Connecting Europe Facility (CEF), ao abrigo de contrato de cofinanciamento com uma comparticipação de 40%”, conclui o referido comunicado da IP.

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