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Novo veto migratório de Trump coloca Coreia do Norte na “lista negra”

Depois da proibição da entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana, Donald Trump quer avançar com as restrições a cidadãos do Chade, Irão, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Síria, Venezuela e Iemen. Kim Jong-un, considera que os Estados Unidos estão a realizar “práticas arriscadas e arbitrárias, descartando as leis e acordos internacionais”.
25 Setembro 2017, 08h30

O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um novo decreto anti-imigração que prevê a restrição da entrada de cidadãos de oito novos países, nos quais se inclui a Coreia do Norte. A intenção do republicano é garantir a segurança do país, mas o líder norte-coreano, Kim Jong-un, considera que os Estados Unidos estão a realizar “práticas arriscadas e arbitrárias, descartando as leis e acordos internacionais”, e o mundo pode estar a caminhar “para um horrível desastre nuclear”.

Depois da proibição da entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana, Donald Trump quer avançar com as restrições a cidadãos do Chade, Irão, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Síria, Venezuela e Iemen. A nova “lista negra” irá entrar em vigor a partir do dia 18 de outubro e as proibições de entrar no país podem ir da proibição total até limitações mais direcionadas.

No caso da Venezuela, a proibição de entrar em solo norte-americano aplica-se apenas a dirigentes governamentais e familiares. Já no caso do Chade e da Coreia do Norte, o decreto vai afetar todos os cidadãos oriundos destes países.

“A minha prioridade é fazer a América um país seguro”, escreveu Donald Trump na rede social Twitter.

Numa carta dirigida a diversos deputados internacionais, Pyongyang condena as ações de Donald Trump, considerando que “desde o seu primeiro dia em funções, Trump realizou práticas arriscadas e arbitrárias, descartando as leis e acordos internacionais”, pelo bem-estar dos Estados Unidos “à custa do resto do mundo”.

Se [Donald] Trump acredita que pode pôr a Coreia do Norte, uma potência nuclear, de joelhos com a sua ameaça de uma guerra nuclear é um grande erro de cálculo e ignorância“, escreve o Governo de Kim Jong-un na carta, citada pela agência oficial norte-coreana KCNA.

Kim Jong-un critica ainda os comentários “ignorantes” feitos pelo presidente norte-americano durante o seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada, onde ameaçou “destruir totalmente a Coreia do Norte”. O líder norte-coreano diz-se convicto de que os deputados internacionais que “amam a independência, a paz e a justiça aproveitariam esta ocasião para cumprir as suas missões e deveres”, inciantando-os a vigiar os “atos atrozes e imprudentes da Administração Trump”.

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