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Número de contratos de teletrabalho cai em dois terços e já só representa 0,24% dos trabalhadores

Apenas 851 trabalhadores tinham contrato de teletrabalho em 2016, enquanto seis anos antes eram 2.464 os portugueses empregados com base neste regime.
  • Cristina Bernardo
25 Setembro 2018, 11h12

O número de contratos de teletrabalho caiu 65,4% nos seis anos entre 2010 e 2016, para 851, de acordo com os dados do Livro Verde das Relações Laborais de 2017, noticiados pelo “Jornal de Negócios” na edição desta terça feira, 25 de setembro.

“O teletrabalho tem uma expressão residual no contexto português, e tem vindo, aliás a perder relevância”, refere o jornal.

Apenas 851 trabalhadores tinham contrato de teletrabalho em 2016, enquanto seis anos antes eram 2.464 os portugueses empregados com base neste regime, representando 0,24% do total do trabalho por conta de outrem.

Esta queda pode ser justificada pela crise de 2011, no entanto, considera-se que este regime seja um bom índice da modernização das empresas e do modo de trabalho, segundo o antigo secretário do Estado do Trabalho António Monteiro Fernandes, citado pelo jornal.

Apesar de ser uma modalidade de contrato a aumentar em muitos países europeus o teletrabalho, em Portugal, ainda é escasso, pois as ”empresas portuguesas privilegiam em absoluto a presença física do trabalhador e a possibilidade de controlar quando está a trabalhar ou não”, observa.

Segundo o IDC (International Data Cooperation), 80% dos trabalhadores das áreas das tecnologias de informação quer trabalhar fora do local físico da empresa e fixar o seu próprio horário de trabalho.

O ex-governante afirma que os partidos políticos devem seguir o exemplo do CDS e abrir uma discussão sobre o problema ”gravíssimo” que é a dificuldade em conciliar a vida particular e o trabalho. O partido pretende apresentar no próximo programa eleitoral uma alteração no Código de Trabalho em que distingue o teletrabalho tradicional (trabalhar à distância a tempo inteiro) e o smartworking (trabalhar parcialmente apartir de casa). ”É essencial para a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar” pois teria ”consequências positivas ao nível da natalidade”.

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