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Número de jovens a receber o salário mínimo caiu no segundo trimestre

Percentagem de trabalhadores que receberam o salário mínimo no segundo trimestre foi de 22,3%, o que representa um decréscimo homólogo de 0,2 p.p., segundo relatório publicado esta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social.
13 Novembro 2018, 17h00

O número de trabalhadores que recebem 580 euros diminuiu 0,2 pontos percentuais (p.p.), no segundo trimestre de 2018, face a igual período do ano anterior, segundo o 9.º Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida, publicado esta terça-feira, pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social (MTSS).

“Pela primeira vez depois de uma atualização do salário mínimo nacional (SMN) a percentagem de trabalhadores abrangidos pelo SMN diminuiu na comparação homóloga”, sublinha o MTSS.

Segundo os dados analisados, no segundo trimestre de 2018, a percentagem de trabalhadores abrangidos foi de 22,3%, o que representa um decréscimo homólogo de 0,2 p.p., que compara com o aumento de 1,5 pp. no segundo trimestre de 2017.

Esta tendência manifestou-se nomeadamente entre os mais jovens, cuja incidência caiu 0,7 pp. para de 28,2% em junho e entre os trabalhadores dos 25 aos 29 anos, onde a incidência do SMN passou de 23,0% para 22,6%.

Também entre os trabalhadores com 30 e mais anos, a percentagem de trabalhadores abrangidos pelo SMN passou de 21,6% em junho de 2017 para 21,5% em junho de 2018.

Aumento nominal dos salários para os 8,6% no caso dos trabalhadores que mudaram de posto de trabalho neste período

Segundo os dados do MTSS, o aumento nominal dos salários abrangeu 4,3% para os trabalhadores que se mantiveram empregados entre 2017 e 2018, próximos dos 3% em termos reais, tendo alcançado os 8,6% no caso dos trabalhadores que mudaram de posto de trabalho neste período, cerca de 7% em termos reais.

“Estes dados apontam para um maior dinamismo salarial em 2018 face ao ano anterior, sendo que a variação salarial nominal dos trabalhadores que se mantiveram empregados entre 2016 e 2017 tinha sido de 3,7%, isto é 2,5% em termos reais, fixando-se nos 7,8% para os trabalhadores que mudaram de posto de trabalho nesse período, ou seja um aumento de 6,4% em termos reais.

Já sobre a variação salarial dos trabalhadores que permaneceram no mesmo posto de trabalho no último ano, segundo o relatório, houve aumentos em todos os escalões de remuneração, mas que foram os salários mais baixos os que mais aumentaram. Ou seja, verificaram-se aumentos ligeiramente inferiores a 6% nos escalões de remuneração mais baixos, até aos 600 euros, aumentos na ordem dos 4% nos escalões intermédios, entre os 600 euros e os 1.200 euros, e aumentos mais moderados nos escalões melhor remunerados, à volta dos 3% nos escalões entre os 1.200 euros e os 2.500 euros e abaixo dos 2% no escalão acima dos 2.500 euros.

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