Uma fonte médica da Somália confirmou hoje que o número de mortos provenientes do ataque terrorista ocorrido no sábado, num hotel e num mercado da capital da Somália (Mogadíscio), ultrapassa os 300 e poderá vir a subir.
Segundo o diretor do Serviço de Ambulâncias Aamin, o médico somali Abdulkadir Adam, vários dos feridos graves do atentado acabaram por falecer, temendo-se que a falta de condições nos sobrelotados hospitais, a par da falta de medicamentos, faça com que mais possam morrer.
O estado de saúde da grande maioria dos feridos é grave, com queimaduras em quase todo o corpo, havendo casos de vítimas que estão irreconhecíveis.
A última atualização oficial foi feita no domingo à noite pelo ministro da Informação somali, Abdirahman Osman, que deu conta de 276 mortos.
Presumíveis terroristas da organização Al-Shebab detonaram camiões armadilhados num antigo mercado e num hotel no movimentado centro da cidade, pelo que a maioria das vítimas são civis.
O governo somali dispensou militares para ajudar os serviços de emergência nas buscas de sobreviventes daquele que é considerado o pior atentado na história do país.
Numerosos edifícios próximos das explosões ficaram completamente destruídos e os hospitais estão com as instalações sobrelotadas com os feridos, sendo que não dispõem de medicamentos suficientes e sangue para as transfusões.
O atentado provocou protestos perto do cenário do ataque, depois de o Governo somali ter acusado o grupo extremista Al-Shebab, ligado à Al-Qaeda, mas a organização terrorista ainda não se pronunciou.
O ataque a Mogadíscio foi um dos mais mortais na África subsariana, maior do que o perpetrado na Universidade de Garissa, no Quénia, em 2015, ou do que os ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e na Tanzânia em 1998.
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