[weglot_switcher]

Número de turistas desacelera em julho mas receitas continuam ao aumentar

Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram uma queda de 2,1% face a igual período do ano anterior. Entre os principais mercados emissores, o mercado britânico recuou 21,7%. Mas as receitas aumentaram em julho 6%, em termos homólogos, para 445,9 milhões de euros.
  • David W Cerny/Reuters
17 Setembro 2018, 12h24

Houve menos turistas estrangeiros a pernoitarem em Portugal em julho deste ano face ao mesmo mês do ano anterior. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), “os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 2,2 milhões de hóspedes”, o que corresponde a uma diminuição de 2,1% em termos homólogos. O número de dormidas também retraiu para 6,7 milhões que, comparando com julho de 2017, representa um recuo de 2,8%.

A taxa de ocupação-cama em julho de 2018 situou-se nos 65,4%, ficando 2,3 pontos percentuais abaixo do registado há um ano. Em junho de 2018 (59,7%), o mesmo índice também já tinha recuado 2,3 pontos percentuais em termos homólogos. A taxa de ocupação-cama, entre janeiro e julho de 2018, está nos 49,5%, um decréscimo de um ponto percentual em termos homólogos.

 

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/hospedes-em-portugal-1/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”99″ slug=”hospedes-em-portugal-1″ thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/hospedes-em-portugal-1/thumbnail?version=1534259721784&locale=pt-PT&publisher=www.jornaleconomico.pt” mce-placeholder=”1″]

Contudo, os proveitos totais registados em julho de 2018 ascenderam aos 445,9 milhões de euros que, face a julho de 2017, representa um aumento 6%. Além disso, segundo o boletim estatístico do INE, “os proveitos de aposento aumentaram 6,8% (+8,0% em junho), ascendendo a 351,2 milhões de euros”.

No acumulado deste ano, houve cerca 7,2 milhões de turistas estrangeiros a visitarem o país, um aumento de 7%, em termos homólogos. Em sentido contrário, no mesmo período, as dormidas de estrangeiros recuaram 1,6% face aos primeiros sete meses de 2017.

Quanto aos proveitos totais entre janeiro e julho de 2018, o INE também registou um crescimento de 8,3% em termos homólogos, para 1.967 milhões de euros.

Principais mercados em diminuição

O mercado britânico, o principal mercado emissor, responsável por 21,7% do total das dormidas de não residentes, teve um desempenho negativo em julho deste ano, com uma queda de 11,7%, em termos homólogos, e, no acumulado de 2018, recuou 8,8% face aos primeiros sete meses de 2017.

A acompanhar esta tendência, estiveram ainda os mercados espanhol (-5,9%), alemão (-1,6%) e francês (-5,9%). No acumulado de 2018, estes três mercados também recuaram face a igual período do ano anterior, com quedas de 1,3%, 2,7% e 0,3%, respetivamente. Já os mercados canadiano (+48,5%), norte-americano (+33,6%) e brasileiro (11,5%) registaram crescimentos significativos em julho de 2018, face ao mesmo mês de 2017.

Regiões portuguesas com diferentes registos

Entre as regiões do país, o INE revela que as dormidas registaram “evoluções díspares”, embora com uma tendência negativa. Com um total de 6,7 milhões de dormidas em julho, apenas as regiões norte e do Alentejo tiveram desempenhos positivos, com acréscimos de 2% e 1%, respetivamente. Os maiores tombos verificaram-se na região autónoma da Madeira, com uma queda de 8,7%, seguindo a região Centro, com um recuo de 5,1%. No acumulado do ano de 2018, o número total de dormidas recuou 0,3%, em termos homólogos.

Os turistas estrangeiros totalizaram pouco mais de 2 milhões de dormidas em julho, o que representa um acréscimo de 1,6%. Contudo, em igual período, a região autónoma da madeira caiu 22,7%, seguindo-se a área metropolitana de Lisboa (-1,7%) e o Alentejo (-0,7%). Em sentido positivo, destaque para a região norte, com um aumento de 5,3% e o Algarve, com 5%.

[notícia atualizada às 12h43]

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.