O conferencista falava aos jornalistas, momentos antes de ter proferido a palestra “A Importância Geopolítica do Oceano Atlântico”, promovida pela Universidade de Cabo Verde, em parceria com a Embaixada do Brasil em Cabo Verde e as Forças Armadas.
Explicou que durante a palestra irá debruçar-se sobre o ambiente marítimo, a importância do Atlântico, especificamente do Atlântico Sul, a influência do Brasil nessa área e a ligação do oceano com os países costeiros como Cabo Verde que, no seu entender, tem uma posição privilegiada por ser uma porta de ligação entre o Atlântico Sul e o Norte.
No seu entender, o Atlântico Sul, ou seja, os mares adquirem uma importância muito grande e qual quer problema existente nessa região que afecta o tráfico marítimo de alguma maneira acaba por prejudicar também o Brasil.
Adiantou que o bom funcionamento do sistema de transporte marítimo de todo o mundo constitui uma preocupação permanente do seu país, sendo que 20 por cento (%) do produto brasileiro depende do mar e 95 por cento (%) das exportações e importações e feita pela via marítima.
“Eu digo que o oceano Atlântico é o verdadeiro Oceano Pacifico porque não temos conflitos de grandes proporções, mas podem até surgir conflitos sendo que são imprevisíveis”, reconheceu Eduardo Bacellar Leal Ferreira, sublinhando que a região pode ser confrontada com outros perigos, como o trafico de pessoas, de drogas, contrabando e pesca ilegal.
Para o comandante da Marinha brasileira, todas essas actividades afectam os países, as suas organizações responsáveis pelo seu combate e com consequências danosas para a sociedade.
“Para combater, existe um trabalho entre as diversas agências do Brasil, sendo que a Polícia Federal é a grande responsável pelo combate a esse tipo de ameaças, com o envolvimento da Marinha Brasileira e do Instituto do meio Ambiente”, sublinhou.
Por outro lado, considerou que a cooperação entre os países, a troca de informação a nível das organizações é muito importante para combater qualquer tipo de ameaças, sendo que hoje em dia, cada vez mais usa-se as rotas marítimas para o tráfico de drogas, para trafico de pessoas e migração ilegal.
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