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Paula Rios, MDS Portugal: “O mundo está globalizado e os riscos também”

Na lista dos grandes riscos que poderão afetar a humanidade e a economia mundial, constam as alterações climáticas e catástrofes naturais, terrorismo e conflitos sociais, “crash” de mercado ciberrisco.
24 Junho 2018, 18h00

Em resposta aos novos riscos que estão atualmente a emergir, a MDS e a Brokerslink desde sempre têm procurado estar na vanguarda da inovação em risco e seguros. “O nosso extenso network permite-nos um acesso praticamente ilimitado ao ‘state of the art’ no nosso setor, sempre numa perspetiva de servir os nossos clientes mas também de partilhar o conhecimento a que temos acesso”, afirma Paula Rios, administradora da MDS Portugal.

Questionada sobre os grandes riscos que poderão afetar a humanidade e a economia mundial, a responsável destaca, desde logo, as alterações climáticas e as catástrofes naturais, o terrorismo e os conflitos sociais, assim como os “crashes” de mercado e o ciberrisco.

E neste contexto, acredita que os seguradores estão preparados tecnicamente para responder às necessidades emergentes dos grandes e pequenos clientes. Em seu entender, o setor tem demonstrado “uma grande resiliência e capacidade de adaptação e inovação. Quer através de uma maior proximidade e rapidez de resposta no caso dos pequenos clientes (por exemplo através de ferramentas digitais) quer através de produtos totalmente adaptados às necessidades dos grandes clientes e com a complexidade exigida pelos riscos que estes enfrentam”. Certa de que “o mundo está globalizado e os riscos também”, acrescenta ainda que, “hoje, mesmo os riscos que achávamos que estavam ‘longe’ estão aqui mesmo. Basta ver os fenómenos climáticos extremos, que antes eram exclusivos de certas zonas do planeta e agora também ocorrem em locais insuspeitos”. Poré, Paula Rios considera que, atualmente, há uma maior consciência de tudo o que se passa, devido à informação que nos chega instantaneamente.

Particularmente sobre o ciberisco alerta para o facto de ter estado, até agora, muito ligado à perda e roubo de dados, contudo, defende, “estamos a entrar numa nova fase deste risco. Os ciberataques a certos equipamentos podem impactar em vidas humanas, nomeadamente nos casos dos veículos autónomos, pacemakers e outros equipamentos médicos, ou aviões. À medida que a Internet of Things invade o nosso dia a dia, e cada vez mais equipamentos estão interligados, a probabilidade de sermos atacados é cada vez maior, e aí não haverá apenas danos materiais, mas também a pessoas. O Ciberrisco é, sem dúvida, um dos riscos mais graves que iremos enfrentar nos próximos tempos”.

Sobre este cenário, que se manifesta através de atentados ou ataques informáticos”, a especialista mostra-se convicta de que as pessoas, e as empresas, estão hoje mais protegidas, realçando a existência de  diversos produtos que garantem desde os danos a terceiros aos danos próprios das empresas, com os produtos e soluções a acompanhar a evolução deste risco. No entanto, frisa, “não esqueçamos que antes da transferência para o seguro tem de haver uma adequada gestão de risco, que passa por algo que sempre aconselhamos aos nossos clientes: fazerem uma correta avaliação do seu risco, das suas proteções, etc, através de empresas especializadas, quer em segurança de pessoas e bens, quer em cibersegurança. O seguro será apenas mais uma fase na construção desse processo de proteção”.

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