O termo “Digital Dexterity”, ou, em português, destreza digital, pode parecer novo ou até desconhecido, mas diz respeito ao desejo ou capacidade das empresas em adotar tecnologias existentes para alavancar resultados de negócio. Em suma, abraçar a transformação digital.

A destreza digital não é sinónimo apenas de uma capacidade técnica exuberante ou operacionalmente afinada, diz respeito, sim, a uma mudança de mentalidade e atitude que são fundamentais na nova economia – estejamos nós perante um cenário de pandemia ou não. É transversal e precisa ocorrer o mais rapidamente possível sob pena de a sua empresa perder vantagem competitiva.

Neste contexto há duas palavras de ordem: agilidade e dinamismo, para continuar a crescer e facturar, quase como seguindo a máxima de Muhammad Ali: «voe como uma borboleta, pique como uma abelha». É também tempo de, finalmente, encararmos o trabalho como fonte de criatividade em detrimento do trabalho rotineiro. Os dois grandes baluartes desta mudança de paradigma são o Data Analytics e a automação. O primeiro, Data Analytics, é um dos pilares fundamentais na transformação digital e assume maior relevo num contexto onde, sob diversas formas e com recurso a diversas tecnologias, a gestão de dados e criação de um modelo de dados abrangente e universal seja, impreterivelmente, mandatório.

A jornada do cliente é hoje em dia mais complexa do que nunca, diverge entre o online e o offline e é demarcado pelo uso vários dispositivos, estando o mobile a ganhar maior peso. Pense na última decisão de compra que tomou. Quantas vezes fez pesquisas, viu vídeos, foi impactado por um anúncio de televisão ou ouviu na rádio uma promoção recente do produto que queria comprar? Neste contexto é desafiador entender quem foi o canal decisor da sua compra. Contudo, imagine um modelo de dados que abarque todos estes canais e que saiba responder à pergunta. Parece um sonho, mas é possível.

Este é um dos muitos exemplos de como um modelo de dados nas organizações pode agilizar a tomada de decisão nas empresas, partindo de factos, deixando de lado as suposições e melhorando inequivocamente o seu investimento de marketing.

O outro axioma da disrupção digital que referi, a automação, encerra em si a expressão máxima do “Time is Money”. A automação permite poupar tempo em tarefas que são repetitivas e rotineiras, e que agregam pouco valor de negócio, libertando tempo e recursos para focar em estratégias de crescimento e alavancagem. A automação pode ir desde o preenchimento automático do formulário de contacto no seu site, com recurso a machine learning e a inteligência artificial, a um report de visualização de dados em real time, com os KPI’s de negócio. Ambos automatizados, mais precisos, com menor margem de erro e, fundamentalmente, com a garantia que o seu tempo passa a ser investido no que é mais relevante para o seu crescimento.

O efeito da transformação digital ainda não atingiu seu pico. As alterações a este nível ainda atingem os mercados de maneiras diferentes – e em momentos diferentes. Indústrias fortemente regulamentadas, como as áreas da saúde e da banca, continuam, grande parte delas, resistentes à transformação total. A grande questão é esta: quão competitivo e relevante continua a ser a o meu negócio sem uma real adaptação à transformação digital?