O Facebook partilhou novos detalhes sobre o seu mais recente projeto que consiste em escrever sem utilizar as mãos. Ainda que pareça uma ideia saída de um filme de ficção científica, o projeto consiste em medir os níveis de oxigénio no cérebro através de um sistema não invasivo de infravermelhos.
O sistema de interface cerebral está a ser desenvolvido na Universidade da Califórnia, São Francisco, em conjunto com a “Facebook Reality Labs”, com o objetivo de conectar o cérebro ao computador, e criar uma alternativa aos interfaces atualmente existentes em que é necessário utilizar um teclado, seja através das mãos ou dos olhos, conta o jornal espanhol El Economista.
A forma como atua é menos complexa do que se poderá imaginar. Recorrendo a voluntários, pretende-se que estes respondam a perguntas de escolha múltipla, e enquanto o fazem, um sistema de infravermelhos estará a analisar a atividade cerebral para registar padrões de oxigénio que fluem através dos neurónios, e que serão traduzidos em palavras.
O artigo publicado na revista “Nature Communications”, citado pelo El Economista, revela que este sistema se destina a pessoas com dificuldades em comunicar, concretamente pessoas paralisadas.
O Facebook aponta que este interface possibilite “escrever” 100 palavras por minuto, algo que ainda não é possível.
Michael Abrash, diretor cientifico do “Facebook Reality Labs “, afirma que estamos perante uma nova onda de computação dirigida ao ser humano, em que “as tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual, convergem e revolucionarão a maneira como nos comunicamos e como interagimos com o mundo à nossa volta” afirma.
A Universidade da Califórnia realçou que o Facebook tem acesso limitado aos dados de identificação dos voluntários que estão a participar no programa, e que estes permanecem sobre alçada da universidade.
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