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O que mudou na vida deles com o MBA

Renato Bolzan: “Ajudou-me a fazer crescer a empresa de forma profissional” Engenheiro informático de formação, Renato Bolzan funda uma empresa em 2003 no seu país, o Brasil, mas rapidamente percebe que para geri-la tem de aumentar de forma significativa os conhecimentos em marketing, finanças e gestão de pessoas. Assim, no ano seguinte e, após uma […]
15 Março 2020, 15h00

Renato Bolzan: “Ajudou-me a fazer crescer a empresa de forma profissional”

Engenheiro informático de formação, Renato Bolzan funda uma empresa em 2003 no seu país, o Brasil, mas rapidamente percebe que para geri-la tem de aumentar de forma significativa os conhecimentos em marketing, finanças e gestão de pessoas. Assim, no ano seguinte e, após uma análise cuidada, escolhe a prestigiada Fundação Getúlio Vargas em São Paulo para frequentar um programa MBA.

“Tive muita sorte, na verdade”, diz ao Jornal Económico: “Encontrei uma turma muito boa, composta de gente que já tinha passado por várias experiências profissionais e empreendedores. Conheci pessoas bem-sucedidas e outras que tinham tido problemas e fechado a empresa e, por isso, sabiam dizer onde tinham errado ou acertado. As aulas tornavam-se um imenso debate sobre casos reais protagonizados pelas pessoas que ali estavam”.

Renato Bolzan tem hoje 44 anos e a empresa que fundou e lidera, a Invillia, evoluiu de um projeto de empreendedorismo para uma multinacional de transformação digital, com presença em Portugal e Reino Unido e planos para se expandir para os Estados Unidos.
“Considero algo fundamental para jovens empreendedores”, salienta quando questionado sobre a importância do MBA, e justifica: “Proporciona know-how na área da gestão e noutros aspetos do negócio que, à partida, a formação de base não cobre, especialmente, como no meu caso, que era uma formação em engenharia de computação”.

Foi difícil escolher o programa e a instituição? “Dividiria o processo de escolha em três partes. Primeiro procurei algo que tivesse uma forte interação, ou seja, uma turma formada por pessoas com experiência profissional com quem pudesse interagir”, conta. Depois selecionou uma instituição que tivesse um programa reconhecido e, por fim, que esta estivesse inserida na região onde vivia naquele momento.

Renato Bolzan admite que não foi fácil conciliar o trabalho e os estudos – “estendia o meu período de trabalho o máximo que conseguia, incluindo trabalhar aos fins de semana”, mas a importância de adquirir os conhecimentos que tanto precisava fizeram com que o esforço valesse a pena.

Uma década e meia depois de ter frequentado a Getúlio Vargas, o balanço não podia ser mais positivo. “Ajudou-me muito ao longo do tempo, ajudou-me a gerir e a fazer a empresa crescer de uma forma mais profissional, dado que me ajudou a entender coisas que antes do MBA eu não entendia”.

 

 

Francisco Sendas: “Dá-nos estaleca a nível de trabalho e velocidade”

Francisco Sendas fez o MBA na Católica Porto Business School aos 32 anos, acabava de ser pai. Apesar de ter uma vida profissional agitada, não pensou duas vezes quando chegou o convite para frequentar um programa MBA na Católica PBS.

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto, o MBA não fazia parte dos seus planos, mas a proposta fê-lo pensar. Apesar das circunstâncias decidiu embarcar numa das jornadas mais intensas da sua vida: conciliar trabalho, família e estudos foram os aspetos mais complicados, conforme explica ao Jornal Económico. “Os custos que temos tendência a não valorizar acabam por ter consequências. Ou seja, durante quase dois anos não tive fins de semana, tive pouco tempo para a família, especialmente para a minha filha recém-nascida e para os meus amigos. Se acrescentarmos a isso as viagens de trabalho e, ao mesmo tempo, os exames do programa, tentar conciliar tudo foi extremamente difícil. Posso inclusive dizer que me começaram a crescer cabelos brancos…”.

Um esforço compensado a nível profissional. “O MBA traz regularidade e consistência à nossa profissão. Dá-nos ‘estaleca’ a nível de trabalho e velocidade que, depois, até o próprio mercado profissional nem sempre consegue absorver”.

Hoje, aos 35 anos de idade e três depois do MBA, Francisco Sendas assume uma das principais funções na empresa portuguesa Parfois, como diretor de expansão para a Europa, tendo a seu cargo cerca de 20 mercados. No seu caso, e tendo em conta a formação académica em economia, foram as soft skills trabalhadas durante do MBA que fizeram a diferença na hora de trazer os conhecimentos adquiridos no programa para a profissão.

“O que me faltava era aquilo a que chamamos soft skills, as competências ligadas com a gestão das pessoas, a liderança ou a inteligência emocional. São aquelas competências que nos moldam enquanto pessoa e enquanto profissionais, mas que não são tão técnicas, têm muito mais a ver com a experiência profissional que vamos ter. Foi uma das coisas mais importantes que o MBA me deu”. No programa da Católica Porto Business School, Sendas destaca também o trabalho teórico desenvolvido fora da sala de aula.

E deixa um conselho à laia de balanço: “O MBA confere um conjunto de competências bastante interessantes, que se bem aproveitadas poderão ser capitalizadas por quem quiser enveredar por uma carreira corporativa”.

 

 

Lia Garcia: “Aquele ano foi viver para o programa”

Já licenciada e a trabalhar, Lia Garcia percebe que lhe faltam conhecimentos fundamentais para evoluir na profissão. Assim, no ano de 2007, a atual gestora de Marketing de Oncologia na Bristol Myers Squibb, tomou a decisão de fazer uma pausa a nível profissional para se dedicar a tempo inteiro a um MBA.

“Como a minha formação de base era farmacêutica, desde cedo percebi que precisava aumentar conhecimentos na área das finanças e da estratégia, pois só assim poderia evoluir na carreira. Estudei as possíveis soluções e desde logo coloquei o MBA como objetivo”, explica ao Jornal Económico.

Lia Garcia escolhe a Católica Lisbon School of Business & Economics, onde faz o MBA full time, que evoluiu para o atual The Lisbon MBA Católica | Nova, programa que junta a Católica-Lisbon e a Nova SBE em colaboração com o MIT Sloan.

Concluído o MBA, retoma a vida profissional. Ao serviço da indústria farmacêutica passa pelo Brasil e vive agora em Espanha, onde desempenha a função de gestora de Marketing de Oncologia para o mercado português na Bristol Myers Squibb.

Integra o The Lisbon MBA Alumni Club desde 2018, e é na qualidade de antiga aluna do programa que diz ao Jornal Económico que a experiência superou as suas expetativas. “Ganhamos imenso com aquilo que os professores nos transmitem, mas os trabalhos que executamos em grupo desafiam-nos e fazem-nos crescer muito, quer a nível pessoal, quer a nível profissional”.

A troca de experiências entre pessoas vindas de diferentes áreas de atividade profissional é uma das imagens de marca dos programas MBA – estimula o trabalho em equipa e impulsiona o chamado networking.

Lia Garcia diz também que, apesar do programa ter uma duração inferior ao da licenciatura, a intensidade é muito superior. “Aquele ano foi viver para o programa MBA, quase nem nos apercebemos, só quando terminamos o programa é que temos a verdadeira noção do grau de envolvimento”, salienta.

Um dos aspetos que mais a marcou foi a disponibilidade demonstrada pela turma. “Fazíamos tudo com muito gosto e sempre com muita alegria, o que facilitou todo o processo, sem nunca diminuir o grau de exigência”.

Já feito o MBA, Lia Garcia ponderou deixar a área da saúde, mas após alguma reflexão, concluiu que era ali que queria continuar. Afinal, a aposta tinha dado frutos, conforme conta ao JE: “Permitiu-me vir a ocupar outras posições, nomeadamente nas áreas da gestão, de negócio e na liderança de equipas”.

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