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O que procuram as empresas nos recém-licenciados?

A retalhista Jerónimo Martins, a firma de advogados SRS e a tecnológica Glintt explicam ao Jornal Económico como filtram o talento e funcionam como porta de entrada para recém-licenciados e mestres.
2 Junho 2018, 10h00

O grupo de retalho Jerónimo Martins recruta em Portugal por ano cerca de três centenas de profissionais recém licenciados e mestrados. Patrícia Espírito Santo, head of Talent and Engagement do grupo Jerónimo Martins explica ao Jornal Económico que os jovens licenciados e mestrados podem iniciar a sua carreira no grupo, quer por contratação direta para uma função em aberto, quer como parte integrante de um dos programas vocacionados para o talento jovem: o Programa Geral de Gestão de Loja, disponível nas companhias Pingo Doce e Recheio, e os programas de Management Trainees (Operations e International).

Que áreas de estudo dão mais oportunidades de trabalho aos jovens?
Patrícia Espírito Santo explica que, o grupo recruta perfis muito diversificados. “Investimos na complementaridade das equipas e consideramos as áreas de estudo como pontos de partida, que não limitam as opções de carreira. Para ser um bom profissional, seja em que área for, é necessário continuar a aprender e a estudar, ao longo da vida, sejam alunos de Gestão, Ciências, Engenharia, Tecnologia, Artes ou Humanidades.”
Para funções de elevada componente técnica, o recrutamento incide em profissionais com background específico, cuja área de estudo esteja relacionada com o negócio: Logística, Supply Chain, Qualidade, área Alimentar. Atualmente, acrescenta a head of Talent and Engagement da Jerónimo Martins, no mercado há bastante procura por perfis tecnológicos, data analytics e tudo o que é relacionado com ferramentas e conteúdos digitais.

Advocacia
Com 134 colaboradores dos quais 97 advogados, a SRS é uma das maiores empresas do setor e uma das que mais oportunidades cria. “Em média por ano são cinco ou seis os recém-licenciados que integramos, mas já integramos num ano, recentemente, cerca de 20”, revela José Luís Moreira da Silva, sócio da SRS Advogados, responsável pelo Departamento de Recursos Humanos, ao Jornal Económico.
Além de uma empresa como a SRS, onde pode trabalhar um jovem licenciado em Direito? O Direito permite inúmeras possibilidades de vida profissional, explica José Luís Moreira da Silva: “Uma delas é trabalhar como advogado, designadamente integrado numa das várias sociedades de advogados existentes em Portugal, mas outras hipóteses existem no setor público ou mesmo no sector privado, ingressando nos respetivos departamentos jurídicos, ou fazendo carreira nas magistraturas, do ministério público ou no judicial, ou nos registos e notariados, entre muitas outras.”

Tecnologia
A Glintt é uma multinacional portuguesa com 1050 colaboradores, dos quais mais de 150 são jovens-recém graduados, recrutados nos últimos dois anos através de um programa de formação – a Academia Glintt. A média de idade está nos 37 anos. “Acumulamos know-how, amadurecemos, mas temos vindo a rejuvenescer ao longo dos anos”, sublinha Inês Viana Pinto, manager dos Recursos Humanos da Glintt ao Jornal Económico, justificando: “Para a Glintt dar uma oportunidade aos jovens recém-licenciados, é uma aposta ganha. Uma aposta que se concretiza em ideias diferentes e inovadoras, que resultam em grande medida da discussão e trabalho intergeracional.” Este pensamento foi, de resto, o mote para a criação da Academia Glintt, uma iniciativa de captação de talento que contribui ativamente para a formação de profissionais, conferindo-lhes ferramentas para construírem uma carreira no setor. Prova disso são os resultados das edições anteriores. Em 2016, a empresa integrou 74 trainees e em 2017 repetiu a experiência, ultrapassando o número de integrados: 79.
As inscrições para a edição de 2018 já abriram e decorrem até 31 de julho. Em setembro arranca a academia com a participação de jovens de áreas como Engenharia Informática, Sistemas e Tecnologias de Informação, Engenharia Biomédica, Ciências Farmacêuticas e Gestão e Economia.

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