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TAP: o que trouxe o grupo chinês HNA à operação da transportadora aérea portuguesa?

A HNA é, indiretamente, acionista da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway. Em entrevista ao Jornal Económico, Miguel Frasquilho explicou que a parceria com a sociedade chinesa “trouxe a possibilidade, através do code share [da rota Portugal China], de a TAP estar já presente no hemisfério oriental, no extremo oriente”.
14 Junho 2018, 09h35

O presidente do conselho de administração da TAP Air Portugal considera que a participação indireta do grupo chinês na estrutura acionista da empresa permitiu que a transportadora aérea portuguesa estivesse presente no hemisfério oriental, investindo numa relação que permite potenciar outras rotas que a TAP já explora.

A HNA é, indiretamente, acionista da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway. O grupo chinês detém uma participação de 11,5% no Atlantic Gateway, empresa controlada por Humberto Pedrosa e David Neeleman, que, por sua vez, detém 45% do capital da TAP. O restante capital da transportadora aérea pertence ao Estado português – 50% – e aos trabalhadores – 5%.

Em entrevista ao Jornal Económico, questionado sobre o que o grupo HNA tinha acrescentado à participação na companhia, Miguel Frasquilho explicou que a parceria com a sociedade chinesa “trouxe a possibilidade,  através do code share [da rota Portugal China], de a TAP estar já presente no hemisfério oriental, no extremo oriente”.

“O grupo HNA através das suas muitas companhias é um dos maiores grupos também da aviação, na China. Portanto, trouxe essa vantagem. “Também a participação na vida da empresa”, porque “um dos administradores é nomeado pelo grupo HNA e, portanto, também participa à sua escala na estratégia que tem vindo a ser desenhada para a TAP, e que eu penso que é uma estratégia correta”, acrescenta.

Miguel Frasquilho diz que para este ano está prevista uma visita do conselho de administração da TAP às instalações do grupo HNA.

“É uma relação que se vai construindo aos poucos. O grupo HNA por razões de consolidação e de rentabilidade, etc, está talvez um pouco mais virado sob si próprio do que há uns meses a esta parte, mas é certamente uma fase que passará e a nossa perspetiva é que as relações possam ser aprofundadas, como aliás, faz todo o sentido, de outra forma nem o grupo HNA teria pensado numa entrada no capital da TAP”, disse.

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