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OE2021: Com sentido de voto ainda “em aberto”, PEV reconhece que houve “alguns avanços” nas negociações

O líder parlamentar do PEV, José Luís Ferreira, reconhece que, nesta nova ronda negocial, o Governo se mostrou mais disponível para acolher as propostas do partido ecologista, mas vai aguardar pela “resposta definitiva” do Executivo socialista. Sentido de voto será decidido na segunda-feira, dia 26 de outubro.
  • António Pedro Santos/Lusa
22 Outubro 2020, 11h38

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) afirmou esta quinta-feira que “está tudo em aberto” no que toca ao sentido de voto do partido à proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021). O líder parlamentar do PEV, José Luís Ferreira, reconhece que, nesta nova ronda negocial, o Governo se mostrou mais disponível para acolher as propostas do partido ecologista, mas vai aguardar pela “resposta definitiva” do Executivo socialista.

“Houve alguns avanços da parte do Governo para viabilizar algumas das nossas propostas. Mas o Governo ficou de refletir e de nos dizer alguma coisa na sexta-feira e é o conjunto dessa resposta que nós vamos ter em conta na decisão que vamos tomar. Neste momento está tudo em aberto como estava antes“, referiu José Luís Ferreira, em conferência de imprensa, na Assembleia da República.

José Luís Ferreira salientou que, sem ter uma “resposta definitiva do Governo”, o PEV não pode antecipar “qualquer sentido de voto, até porque a direção do partido só na segunda-feira tomará essa decisão”.

O PEV já tinha dito que, na reunião com o Governo que teve lugar esta quarta-feira à tarde, iria “insistir nas propostas que ficaram para trás e que o Governo teima em ignorar” e que, na ótica do partido ecologista, são “propostas importantes”. Isto porque, segundo, José Luís Ferreira, das “25 a 30 propostas” apresentadas pelo PEV nas reuniões com o Governo, apenas “duas ou três” foram contempladas na proposta do Governo.

Entre as propostas que o PEV voltou a levar a discussão estão o apoio às micro, pequenas e médias empresas, com a criação de um fundo de tesouraria para garantir a sobrevivência dessas empresas, e a necessidade de se “apostar na nossa produção”, em especial na agricultura familiar. Além disso, o PEV levou ainda à mesa de negociações a “necessidade de obrigar a exploração de lítio a uma avaliação ambiental estratégica”.

Já na lista de propostas que ainda não estão contempladas no OE2021, José Luís Ferreira destacou a exclusão das entidades ligadas a offshores de quaisquer apoios públicos e a remoção do amianto por todo o país nos edifícios públicos. Também os apoios para os trabalhadores que não têm acesso a qualquer tipo de prestação social e o plano ferroviário nacional levantaram várias reticências ao PEV.

“Vamos ficar a aguardar pela resposta do Governo a este conjunto de contributos que os Verdes trouxeram para que o Orçamento possa não ser tão insuficiente como está agora”, realçou.

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