[weglot_switcher]

Oficial: Economia portuguesa deve crescer 5,4% em 2021, após quebra recorde de 8,5% este ano

Uma recuperação apenas parcial em 2021. Na proposta do OE2021 entregue hoje na Assembleia da República, o Governo prevê que o crescimento da economia no próximo ano não seja suficiente para compensar a quebra recorde de 2020.
12 Outubro 2020, 21h23

O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal deverá expandir 5,4% em 2021, uma recuperação que não servirá todavia para compensar por completo a recessão recorde de 8,5% este ano, causada pelas medidas de contenção da pandemia de Covid-19, segundo as previsões do Governo expressas na proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) entregue ao Parlamento esta segunda-feira.

O Governo mostra-se desta forma, mais pessimista em relação à quebra na economia este ano que o Banco de Portugal, que na semana passada divulgou uma projeção de 8,1%.

Em junho, no Programa de Estabilização Económica e Financeira, o Executivo estimava uma queda do PIB de 6,9% este ano e um crescimento de 4,3% em 2021.

“Para 2021 perspetiva-se uma recuperação da economia portuguesa, com um crescimento real do PIB de 5,4%, face à forte contração de 8,5% estimada para 2020”, lê-se na proposta. “A contração do PIB para 2020 prevista neste cenário é superior em 1,6 pontos percentuais (p.p.) ao subjacente no Orçamento do Estado Suplementar para 2020 (junho último), resultado de uma quebra mais acentuada, face ao então estimado, nas componentes do consumo privado e exportações, assim como de uma contração do consumo público”.

O Governo antecipa contudo, uma menor redução do investimento e uma diminuição mais intensa das importações face ao estimado em junho. O crescimento previsto para 2021 está em linha com o crescimento esperado para a área do euro, que deverá situar-se em 6,1% (-8,7% em 2020) de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia (julho último), sublinhou.

“O crescimento previsto de 5,4% para 2021 reflete um contributo positivo, tanto da procura interna (4,1 p.p.), como da procura externa líquida (1,3 p.p.), por via de um maior dinamismo das componentes de consumo privado, investimento e consumo público, e de um crescimento das exportações mais intenso que o esperado para as importações”, explicou.

“Assim, para 2021, prevê-se um aumento do consumo privado em 3,9%, após uma redução esperada de 7,1% em 2020. A recuperação prevista pressupõe um menor nível de incerteza”, vincou.

[Em atualização]

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.