O governo do Japão e o Comité Olímpico Internacional (COI) anunciaram, esta terça-feira, o adiamento dos Jogos Olímpicos 2020 para o ano seguinte. A decisão inclui também o adiamento dos Jogos Paralímpicos, segundo a avança a imprensa japonesa. Assim, ambos os eventos saltam para o verão de 2021 e permanecerão em Tóquio, no Japão.
“Propus o adiamento por um ano e o presidente do COI, Thomas Bach, disse que estava 100% de acordo”, declarou Shinzo Abe. “Isto irá permitir aos atletas competirem nas melhores condições, e vai tornar este evento mais seguro para os espectadores”, acrescentou o governante japonês.
Já o COI oficializou a decisão num comunicado:
“Dadas as circunstâncias, e tendo em conta a informação fornecidas pela Organização Mundial de Saúde, o Presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser reagendados para uma data para lá de 2020 e nunca depois do Verão de 2021, para salvaguardar a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional”.
“Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos em Tóquio pode ser uma luz de esperança nestes tempos difíceis e que a chama olímpica pode ser a luz ao fundo do túnel onde o mundo se encontra no presente. Foi por isso acordado que a chama olímpica irá ficar no Japão e que os Jogos continuarão a ter o nome Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020.”
Joint Statement from the International Olympic Committee and the Tokyo 2020 Organising Committeehttps://t.co/XNcaa4Gvx8
— The Olympic Games (@Olympics) March 24, 2020
Aquele que é considerado o maior evento desportivo do mundo acontece de quatro em quatro anos e reúne a elite do desporto mundial durante um mês. Os Jogos Olímpicos foram cancelados apenas em três ocasiões: 1916 (Primeira Guerra Mundial), 1940 e 1944 (ambos devido à Segunda Guerra Mundial).
A organização do evento levou a um investimento de 400 mil milhões de ienes (cerca de 3,3 mil milhões de euros) do governo japonês e poderá ter repercussões negativas para a economia japonesa. Esparava-se a participação de 11 mil atletas, a colaboração de mais de 200 mil voluntários e a presença de mais de três milhões de pessoas.
Além de ser praticamente impossível recuperar o investimento feito (construção de estádios, pavilhões, estruturas de apoio aos atletas ou recuperação de estradas), o impacto também se fará sentir no setor hoteleiro.
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