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Oito em cada dez empresários portugueses apontam “alívio da carga fiscal” como prioridade para aumentar PIB, revela estudo

Os resultados do estudo desenvolvido pelo Kaizen Institute em Portugal, revela que os empresários permanecem cautelosos em relação ao grau de confiança na economia nacional cujo valor revela um crescimento pouco expressivo de 10,4 (mar/21) para 11,1. No entanto, 66% dos gestores continuam a acreditar que a economia nacional continuará a progredir, ainda que a um ritmo mais lento.
27 Novembro 2021, 12h37

Segundo os dados do Barómetro Kaizen, 82% dos empresários portugueses apontam o “alívio da carga fiscal” como a ação prioritária para alcançar o aumento do PIB. O estudo acrescenta que 73% dos empresários concorda que o objetivo de redução da dívida pública não será cumprido até 2022.

Ainda assim, segundo o mesmo estudo, 57% dos gestores também considera prioridade a diminuição da dívida pública o aumento do PIB e alavancar o crescimento. Dentro das áreas de intervenção mais relevantes para que o PIB ultrapasse o valor pré-pandemia, o alívio da carga fiscal e a atração de investimento externo, estão também no topo das prioridades, para 82% e 57% dos inquiridos, respetivamente.

Os resultados do estudo desenvolvido pelo Kaizen Institute em Portugal, revela que os empresários permanecem cautelosos em relação ao grau de confiança na economia nacional cujo valor revela um crescimento pouco expressivo de 10,4 (mar/21) para 11,1. No entanto, 66% dos gestores continuam a acreditar que a economia nacional continuará a progredir, ainda que a um ritmo mais lento.

Por outro lado e, num contexto mais pessimista, 20% dos inquiridos acredita que a economia nacional será afetada pelo abrandamento de outras grandes economias, podendo vir a estagnar ou entrar em recessão.

No que respeita ao desempenho das empresas representadas pelo Barómetro Kaizen, 40% preveem cumprir as metas estabelecidas para 2021, enquanto 36% prevê ultrapassar os seus objetivos. A existência dos fundos provenientes do PRR não parece afetar a estratégia das empresas, já que 60% confirma que não irá rever o seu planeamento de três a cinco anos, em função destes fundos.

António Costa, senior partner do Kaizen Institute Western Europe afirma que os resultados do Barómetro mostram que a “confiança dos empresários em relação à economia nacional melhorou ligeiramente nos últimos meses – de 10,4 para 11,1, numa escala de 0 a 20 – e que, apesar de a percentagem dos que esperam cumprir ou ultrapassar os seus objetivos de negócio ser elevada, há muitas empresas que ficaram aquém do que se propuseram”.

O responsável acrescenta que é necessário “somar-lhe a excelência na inovação e no marketing e vendas. Somos da opinião que o sucesso depende, na sua maior parte, das decisões estratégicas das nossas empresas e menos de fatores externos. No centro destas decisões não pode faltar o foco no talento e sua retenção, a otimização dos processos alavancada pela sua digitalização e ainda a inovação da proposta de valor”.

A inovação e lançamento de novos produtos (79%), a melhoria dos processos de marketing (44%), a capacitação da força de vendas e melhoria dos processos comerciais (43%) são as principais iniciativas estratégicas delineadas para o crescimento das organizações, revela o estudo. Já a redução de custos, tem vindo a ser atingida através do aumento de produtividade (85%) e da automatização de processos (83%).

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