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Oito semanas entre a primeira e a segunda dose da Pfizer é o ideal para combater a variante Delta, segundo estudo (com áudio)

Segundo o estudo britânico, um intervalo de oito semanas parece ser o tempo ideal para o corpo preparar-se para lidar com a variante Delta, dominante em vários países como é o caso de Portugal.
23 Julho 2021, 09h25

Um maior intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 faz com que o sistema imunológico do corpo produza mais anticorpos de combate a infeções, conclui um estudo realizado no Reino Unido, citado pela “BBC”.

Segundo o estudo britânico da Universidade de Oxford e de Newcastle, um intervalo de oito semanas parece ser o ideal para lidar com a variante Delta, dominante em vários países como é o caso de Portugal. Especialistas dizem que as descobertas apoiam a decisão do Reino Unido de estender os intervalos entre dosagens da recomendação inicial de três semanas. O Reino Unido inicialmente estendeu o espaço temporal entre dosagens para 12 semanas no final de 2020.

Para o estudo, os especialistas compararam as respostas imunológicas de 503 funcionários do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS em inglês) que receberam suas duas vacinas em intervalos diferentes no final de 2020 e no início de 2021, quando a variante Alpha Covid, identificada pela primeira vez em Kent, espalhava-se rapidamente.

Os níveis de anticorpos no sangue foram medidos um mês após a segunda dose da vacina e o estudo concluiu que um esquema em que as doses ficam separadas por três semanas gerou menos anticorpos neutralizantes do que um intervalo de 10 semanas.

Susanna Dunachie, uma das responsáveis pelo estudo da Universidade de Oxford, disse que duas doses eram melhores do que uma, mas o momento para a administrar a segunda era um tanto flexível, dependendo das circunstâncias.

Por sua vez, Rebecca Payne, outra das autoras do estudo, da Universidade de Newcastle, frisou que o “estudo fornece evidências tranquilizadoras de que ambos os esquemas de dosagem geram respostas imunológicas robustas contra o Sars-CoV-2 após duas doses.

“Agora precisamos realizar mais estudos de acompanhamento para compreender o significado clínico das nossas descobertas”, completou.

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