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OMS apela que esforços devem ser concentrados para encontrar a origem da Covid-19 e não atribuir culpas

O apelo surge depois da China ter rejeitado uma segunda ronda nas investigações às origens do vírus no país.
  • Charly Triballeau/Agence France-Presse — Getty Images
23 Julho 2021, 13h57

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou que sejam unidos os esforços para encontrar a origem do vírus da Covid-19 que resultou numa pandemia um dia depois da China ter rejeitado uma segunda ronda de investigações na região de Wuhan, local onde foram detetados os primeiros casos.

Durante o briefing diário, Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS frisou que “não se tratam de políticas ou de um jogo de culpa”, mas sim de um “requerimento para tentar perceber a origem deste vírus que se infiltrou na população humana”.

“Neste sentido, os países têm a responsabilidade de trabalhar juntos e colaborar com a OMS”, frisou.

Esta quinta-feira, a China rejeitou uma segunda investigação por parte de especialistas da Organização Mundial de Saúde para determinar a origem da pandemia provocada pela Covid-19. O governo chinês afirmou que os investigadores deviam concentrar os seus esforços na “muito provável” possibilidade de o vírus ter origem em animais e ter se expandido para outros países à volta do mundo.

Em reação, os Estados Unidos consideraram que a decisão era “irresponsável e perigosa”.

O ministro-adjunto informou que a investigação em janeiro conduzida pela OMS deveria ter arrumado qualquer possibilidade de que o vírus tinha escapado de um laboratório e que os estudos conduzidos já tinham determinado que “não existe provas” que o vírus tenha sido criado por humanos.

A decisão de fazer uma segunda investigação na China surgiu depois de uma reunião a portas fechadas onde o líder da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, propôs uma nova visita ao país e que fossem realizadas auditorias aos laboratórios chineses para descartar a possibilidade de que a covid-19 tenha surgido devido a uma fuga dessas estruturas.

Liang Wannian, líder da equipa chinesa que está a trabalhar em colaboração com a OMS afirmou durante uma conferência de imprensa que a teoria de que o vírus escapou de um laboratório era “altamente improvável”, no entanto, sugeriu que as investigações que se sucedam devem ser conduzidas em laboratórios que ainda não foram inspecionados”.

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