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OMS diz que uso de máscaras passa a ser recomendado em locais públicos

“Em áreas com transmissão comunitária, aconselhamos que as pessoas com mais de 60 anos de idade, ou aquelas com condições de saúde subjacentes, utilizem uma máscara médica [cirúrgica] quando o distanciamento físico não for possível”, acrescentou. 
5 Junho 2020, 22h00

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou as orientações referentes ao uso de máscaras nos locais públicos, recomendando que os governos incentivem a utilização de máscaras de tecido e não cirúrgicas por parte dos cidadãos para conter a pandemia da Covid-19.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedro Adhanom Ghebreyesus, “os governos devem incentivar os cidadãos a usar máscara quando houver transmissão generalizada e quando for complicado estabelecer o distanciamento social”, como acontece “nos transportes públicos, lojas e outros lugares lotados e confinados”.

Numa posição anterior, a OMS já tinha afirmado que a utilização de máscaras era apenas aconselhada a pessoas infetadas com o novo coronavírus, cuidadores e profissionais de saúde. Apesar da incerteza das máscaras, muitos países decidiram tornar o uso das máscaras obrigatório em locais públicos.

“Em áreas com transmissão comunitária, aconselhamos que as pessoas com mais de 60 anos de idade, ou aquelas com condições de saúde subjacentes, utilizem uma máscara médica [cirúrgica] quando o distanciamento físico não for possível”, acrescentou.

Estas novas diretrizes apresentadas pela OMS referentes à utilização de máscara de tecido devem-se ao sucesso verificado por muitos países que adotaram a medida como obrigatória. Ainda assim, a organização alerta que a medida continua sem ser apoiada por evidências científicas diretas, mas que as máscaras não cirúrgicas, adotadas também pelos portugueses, devem ser compostas por três camadas de material diferente.

Ao recomendar a utilização de máscaras de tecido à população, a organização defende que as máscaras cirúrgicas devem estar disponíveis para a população médica e para os grupos que apresentam riscos.

Ainda, o diretor-geral da OMS sublinhou que as máscaras sociais continuam a ser apenas uma parte da estratégia contra o coronavírus, uma vez que estes não substituem o distanciamento físico e a higienização das mãos com frequência e desinfetante.

“As máscaras, por si só, não protegem contra a covid-19”, disse o responsável. “Detetar, isolar, testar e cuidar de cada caso. Depois, rastreiar e colocar em quarentena todos os contactos. É isto que sabemos que funciona. Essa é a melhor defesa de cada país contra a Covid-19”, explicou.

https://jornaleconomico.pt/noticias/com-ou-sem-mascara-tweet-da-oms-mantem-duvida-quanto-a-recomendacao-da-mascara-572387

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