A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda que se exija passaportes de vacinação para entrada ou saída dos países, devido à incerteza sobre se a inoculação evita a transmissão do vírus, bem como a preocupações com a equidade, revelou uma porta-voz à “Reuters”.
A OMS acredita que este ainda não é o momento para que estes certificados sejam um critério obrigatório para viajar e agora espera pela revisão das vacinas contra a COVID-19 da China Sinopharm e Sinovac para possível uso de emergência no final de abril, já que mais dados são necessários, acrescentou a porta-voz da OMS Margaret Harris, em conferência de imprensa.
Está não é a primeira vez que a OMS se opõem publicamente contra a obrigatoriedade dos certificados de vacinação por desconhecer todos os efeitos das vacinas. Em janeiro, o Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde já tinha referido que por enquanto a introdução dos passaportes de vacinação não devia ser um requisito para entrar em países.
“Ainda existem muitas dúvidas fundamentais em termos da eficácia das vacinas para reduzir a transmissão [do vírus] e as vacinas estão disponíveis apenas em quantidades limitadas”, explicou o Comité.
Na União Europeia a perspetiva é diferente, sendo que o certificado verde digital é visto como uma rampa de lançamento para o turismo. No Reino Unido, governo britânico também que está a preparar um sistema de certificação para ajudar a reabrir eventos de maior dimensão, como jogos de futebol, conferências ou discotecas. Na China e em Israel desde março que o passaporte de vacinação é uma realidade.
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