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OMS pede aos fabricantes de vacinas contra a Covid-19 para ajustarem receita em função da nova variante

“É recomendável que os fabricantes de vacinas comecem já a planear com antecedência a probabilidade de ter que ajustar a vacina existente”, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.
3 Dezembro 2021, 12h54

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta para todos os fabricantes de vacinas contra a Covid-19, no sentido de ajustarem as respetivas receitas à nova variante Ómicron que, segundo dados preliminares, poderá comprometer a eficácia das vacinas que estão no mercado, segundo a “Reuters”.

Durante uma conferência de imprensa da ONU em Genebra, o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, disse que a agência estava a estudar a transmissibilidade e a gravidade da variante detetada pela primeira vez na África do Sul no mês passado.

“É recomendável que os fabricantes de vacinas comecem já a planear com antecedência a probabilidade de ter que ajustar a vacina existente”, disse Lindmeier. “Seria bom não ficar à espera até que toque o alarme final”.

A BioNTech já confirmou que será capaz de adaptar a sua vacina contra o coronavírus de forma relativamente rápida em resposta ao surgimento da variante Ómicron, segundo o seu presidente-executivo Ugur Sahin, durante a conferência ‘Reuters Next’ esta sexta-feira.

Cientistas sul-africanos que estão estudar o surto de Ómicron acreditam que os sintomas são menos graves para pessoas que recuperaram da infeção por Covid-19 ou que estejam inoculados.

Maria van Kerkhove, líder técnica da OMS, disse na quarta-feira que o organismo esperava ter mais informações sobre a transmissibilidade da nova variante da Ómicron “dentro de alguns dias”.

“Ainda vai levar algum tempo e não vamos tirar conclusões precipitadas”, disse Lindmeier na sexta-feira.

“Os dados preliminares, e já dissemos isso há algum tempo, mostram que há uma transmissibilidade maior. Mas isso é tudo o que temos basicamente até agora”, sublinhou Lindmeier.

A variante Delta continua a ser dominante a nível global, sendo responsável por mais de 90% das infeções, confirmou Lindmeier. “Portanto, a Omicron pode estar em ascensão e podemos chegar a um ponto em que ela passa a ser a variante dominante, mas neste ponto a variante dominante continua a ser a Delta”.

“As restrições que foram colocadas em prática em muitos países há apenas duas semanas atrás, confinamentos económicos novamente, restrições em algumas áreas, encerramento de mercados de Natal em partes da Europa, isso foi feito antes da Ómicron devido a um aumento nos casos da Delta”, frisou o responsável da OMS.

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