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OMS recua e diz que, afinal, ainda há muito que não se sabe sobre a transmissão do vírus por assintomáticos

Maria Van Kerkhove vem agora corrigir uma declaração feita pela própria na passada segunda-feira que dizia que o risco de contágio dos assintomáticos é “raro” e diz agora que “há muito que não se sabe” sobre este tipo de contaminação.
9 Junho 2020, 19h56

A Organização Mundial de Saúde deu um passo atrás, esta terça-feira, depois de ter anunciado, esta segunda-feira, que a transmissão do novo coronavírus por assintomáticos é “rara”.

Durante o brienfing diário desta terça-feira, Maria Van Kerkhove, a chefe do programa de emergências sanitárias da OMS, explicou que, afinal, os assintomáticos transmitem o novo coronavírus – a questão é saber a dimensão desse contágio. “A transmissão por casos assintomáticos está a acontecer, a questão é saber a quantidade”. A declaração vem assim contrariar o que a própria Kerkhove tinha dito ontem: “parece ser raro que alguém sem sintomas possa passar o vírus para outra pessoa”.

A responsável reconheceu, esta tarde, que ainda “há muito que não se sabe” sobre a transmissão deste vírus. “Sabemos, porém, que algumas pessoas que são assintomáticas, ou que não tenham sintomas, podem transmitir o vírus — o que temos de fazer é compreender melhor quantas pessoas sem sintomas existem”, sublinhou.

“O que eu estava-me a referir ontem na conferência de imprensa é que foram muito poucos os estudos que tentaram analisar casos assintomáticos ao longo do tempo e esse é um subconjunto muito pequeno de estudos. Eu estava a responder a uma pergunta na conferência de imprensa, não estava a declarar uma política “, disse Van Kerkhove.

Van Kerkhove reconheceu ainda que existem alguns estudos que deram conta de uma propagação assintomática em lares de idosos e em ambientes residenciais. Contudo, considera que é necessário investigar mais para recolher mais dados e conseguir “responder verdadeiramente” a essa questão.

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