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Onda negativa varre bolsas europeias. Lisboa cai mais de 1%

Pela terceira sessão consecutiva o índice lisboeta caiu. Hoje Lisboa acompanhou as principais praças europeias, mas liderando nas quedas. O petróleo cai e os juros melhoram.
17 Dezembro 2018, 17h03

As bolsas europeias fecharam em baixa na primeira sessão da semana em que se aproxima a quadra natalícia “é natural que o flow noticioso e os volumes negociados sejam mais reduzidos”, diz o analista da Mtrader Ramiro Loureiro na sua nota.

O PSI 20 fechou a cair 1,19% para 4.746,2 pontos, com os títulos da Sonae a perderem -2,27% para  0,798 euros. A Navigator caiu -2,11% para 3,438 euros; e a EDP fechou em queda de -2,06% para 3,040 euros.

A EDP Renováveis fechou a cair -1,03% para 7,665 euros. Isto apesar das notícias de novos negócios.

A EDP Renováveis anunciou que a Mayflower Wind Energy, uma joint-venture entre a EDPR Offshore North America (50%) e a Shell New Energies US (50%), é vencedor provisório do bloco 0521 no leilão de energia eólica offshore organizado pelo Bureau of Ocean Energy Management (BOEM). Uma vez construído, a área de arrendamento poderá acomodar uma capacidade total de geração de aproximadamente 1,6 GW, o suficiente para fornecer energia renovável a 680,000 casas, por ano, em Massachusetts,

A EDPR anunciou também que assegurou um Contract for Diference (CfD) de 20 anos, na sequencia do leilão de energia Grego, para a venda de geração eólica produzida pelo parque Aerorrachi com 15 MW de capacidade. O projeto, localizado na região norte da Grécia, deverá entrar em operação até 2021.

A Semapa cai  -1,99% para 12,780 euros; e a Altri deslizou  -1,96% para 5,500 euros.

O BCP foi outro título em queda. As ações desceram  -1,24% para 0,2388 euros.

No sector bancário a notícia europeia mais relevante foi dada pelo Handelsblatt que escreve que o Catar está interessado em aumentar a participação no Deutsche Bank, citando uma entrevista de Yousef Mohammed Al-Jaida. O Catar detém mais de 6% do banco alemão através de dois veículos.

Só as ações dos CTT (+0,81%) e da Corticeira Amorim  (+0,55%) fecharam no verde.

A Bolsa de Lisboa depois da grega foram as que mais caíram hoje.

O EuroStoxx50 caiu 0,67% para 3.071,96 pontos. O CAC 40 caiu 0,84% para 4.812,73 pontos. O Dax desceu 0,76% para 10.783,6 pontos. o FTSE 100 também em queda de 0,88% para 6.785,2 pontos. O Ibex caiu 0,41% para 8.849,5 pontos e o FTSE MIB deslizou 0,81% para 18.757,7 pontos.

Na Europa destaque ainda para a notícia da Eni que vende participação em exploração no México A Petrolífera italiana acordou a alienação de 35% de participação na Area1 offshore México à Qatar Petroleum. Os termos do acordo não foram revelados e operação está sujeita a aprovação pelas autoridades mexicanas.

“O Retalho domina os mercados” diz o analista da MTrader do Grupo BCP.

O mercado do petróleo caiu. O Brent de Londres cai 1,01% para 59,67 dólares e WTI desceu 2,32% para 50,01 dólares, voltando a negociar abaixo dos 60 dólares por barril aproximando-se dos mínimos de dezembro de 2017.

Em termos macroeconómicos os números de inflação para a Zona Euro alimentam a política expansionista do BCE, tendo recuado para a fasquia abaixo dos 2% pela primeira vez desde maio.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) mostrou inflação de 1,9% em novembro (versus 22,2% em outubro), caindo abaixo da meta dos 2% traçada pelo BCE para a evolução de longo prazo do IPC pela primeira vez desde maio. Os analistas esperavam um recuo para os 2%. Em termos core, que exclui componentes mais voláteis, continuamos com níveis reduzidos de inflação, nos 1%.

Isto numa altura em que o Banco Central Europeu está a terminar o programa de compra de ativos, em termos de expansão dos ativos em carteira. “No entanto na última reunião já manifestou a intenção de reinvestir o valor dos investimentos que atinjam a maturidade, o que gera potencial para os mercados acionistas”, lembra o analista do BCP.

A União Europeia a 28 agravou o défice comercial em outubro. A Balança Comercial da União Europeia a 28 países registou um saldo negativo de 6,6 mil milhões em outubro (compara com o défice de 0,7 mil milhões de setembro). As exportações para os EUA cresceram 8% em termos homólogos, acima do ritmo das importações 83%) e garantiram um saldo líquido de 114,8 mil milhões). No entanto, as relações comerciais com a China resultaram num saldo negativo de 151,9 mil milhões de euros, ainda que as exportações tenham crescido 7%, acima das importações (5%).

A dívida soberana alemã subiu 0,3 pontos base para 0,255%. A dívida portuguesa viu os juros caírem 1,4 pontos base para 1,650% e a espanhola caiu na mesma proporção para 1,398%.

Ao contrário a dívida italiana agravou 1,8 pontos base para 2,957%.

O euro aprecia 0,32% para 1,1342 dólares.

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