[weglot_switcher]

Opensoft quer faturar 15% nos PALOP no final deste ano

José Vilarinho, CEO Opensoft, revela ao Jornal Económico que a tecnológica está a apostar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa onde conta fazer uma fatia interessante do negócio já em 2020.
25 Maio 2020, 07h55

A Opensoft abriu as portas do mercado africano em 2019 através de projetos desenvolvidos para o Ministério das Finanças de Cabo Verde. A estratégia de internacionalização da tecnológica portuguesa prossegue agora com objetivos mais altos. Para tal, a empresa pretende reforçar a rede de parceiros e aumentar o número de colaboradores, privilegiando a formação e a partilha de conhecimento entre as equipas.

“Ainda que os efeitos provocados pela Covid-19 tenham impacto nos objetivos traçados no início de 2020, a Opensoft tem concretizado negócios internacionais. O nosso plano de continuidade do negócio tem permitido manter a produtividade das equipas, os prazos de entrega acordados e o acompanhamento dos projetos por parte dos clientes, mesmo à distância”, explica José Vilarinho, CEO da Opensoft, ao Jornal Económico.

 

Quais são os principais mercados de aposta da empresa?

A Opensoft tem como objetivo para 2020 fazer negócio em Portugal, o principal mercado para o qual desenvolvemos soluções tecnológicas para apoiar a transformação digital das empresas nacionais. Pretendemos também aumentar o números de projetos para clientes internacionais. Para tal, vamos apostar nos PALOP, sendo que Cabo Verde é um país onde estamos a desenvolver alguns projetos de transformação digital relevantes. Vamos também apostar em alguns países europeus, com o nosso produto SAFTPRO, uma solução que permite recolher de forma massiva ficheiros SAF-T e que tem como objetivo reduzir e combater a fraude e a evasão fiscal. A par deste produto, vamos abordar o mercado europeu com o nosso serviço de nearshoring, oferecendo soluções chave na mão de projetos tecnológicos para clientes e/ou parceiros.

 

Qual é o objetivo em termos de crescimento do negócio internacional?

No final do 2021 esperamos que o negócio internacional da Opensoft chegue aos 25%.

 

Que fatia deve caber aos PALOP, nomeadamente Cabo Verde, onde está a ser dado o primeiro passo da estratégia?

Esperamos que o negócio nos PALOP chegue aos 15% do volume global de negócios no final de 2020. O mercado nacional continua a ter o maior peso no negócio da Opensoft.

A aposta nos PALOP faz-se também pela semelhança de legislação e mecanismos de governação (fiscais ou aduaneiros, por exemplo) de cada país. Uma vez que a Opensoft tem desenvolvido projetos tecnológicos nesta área, podemos oferecer a estes países soluções robustas, baseadas em experiência previamente adquirida em Portugal e com excelentes resultados alcançados.

 

Neste momento, algum outro projeto se perspetiva na África lusófona?

Encontramos-nos na fase final de negociação de projectos para dois outros PALOP, mas devido à incerteza criada pela Covid-19 estes processo tornaram-se mais demorados do que o previsto. Só após fecharmos os contratos é que poderemos divulgar mais detalhes sobre estes negócios.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.