O preço do barril de Brent dispara esta segunda-feira 2,06% para 80,37 dólares, máximos de maio deste ano. Por trás da subida estão três fatores: a perspetiva de uma queda na produção nos Estados Unidos, a decisão da OPEP e outros produtores de manter a oferta ao nível atual e as sanções norte-americanas ao crude iraniano.
Segundo dados citados pela Reuters, os stocks de crude nos EUA estão em mínimos de 2015 e embora a produção este em máximos de sempre, a atividade de perfuração aponta para uma descida do output.
A alimentar a subida do preço, a Arábia Saudita, que lidera a OPEP, e a Rússia rejeitaram este domingo um aumento na produção, negando assim o pedido de Donald Trump de medidas para reduzir o preço do petróleo.
“Eu não influencio os preços”, disse Khalid al-Falih, ministro da energia saudita, após uma reunião na Argélia que terminou sem qualquer recomendação para um aumento adicional da produção.
Apesar do apelo de Trump, a perspetiva é de um continuar das subidas dos preços. Segundo a Trafigura e a Mercuria, traders de matérias-primas citados pela Reuters, o mercado poderá ficar ainda mais desequilibrado quando as sanções contra o Irão forem implementadas de forma completa a partir de novembro. O resultado poderá ser uma subida do preço do barril de Brent até aos 90 dólares no Natal e para acima de 100 dólares no início de 2019.
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