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Operadora do jogo em Macau Sands China com prejuízo de 176,9 milhões no primeiro trimestre

Las Vegas deixou de ser, há muito, a capital mundial do jogo, que se mudou para Macau, com avultados investimentos por parte do grupo, sendo o maior deles o homónimo ‘The Venetian Macao’.
22 Abril 2021, 11h11

A operadora de jogo Sands China, com cinco casinos em Macau, anunciou hoje um prejuízo de 213 milhões de dólares (176,9 milhões de euros) no primeiro trimestre, devido ao impacto causado pela pandemia de covid-19.

Em comunicado, a Sands China informou ainda que o total das receitas diminuiu 4,6%, em relação a igual período do ano passado, arrecadando apenas 771 milhões de dólares (640 milhões de euros).

Já as perdas no EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) atingiram os 100 milhões de dólares (83 milhões de euros), um aumento de 49,2% em relação a igual período do ano passado, quando se ficou pelos 67 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros).

Apesar dos resultados na capital mundial do jogo, o presidente e diretor-executivo da Las Vegas Sands, a empresa norte-americana que detém a maioria do capital da Sands China, Robert G. Goldstein, afirmou que os responsáveis estão “entusiasmados com a oportunidade de receber mais clientes (…), à medida que um número maior de visitantes pode viajar para Macau, Singapura e Las Vegas”.

O responsável afirmou que a procura “dos clientes que puderam visitar [os casinos] permanece robusta”, sublinhando, no entanto, que “as restrições às viagens por causa da pandemia, particularmente em Macau e Singapura, continuam a limitar as visitas e a dificultar o atual desempenho financeiro” do grupo.

No início de março, a operadora de jogo Las Vegas Sands anunciou a venda de propriedades no valor de cerca de 5,19 mil milhões de euros, incluído o icónico The Venetian Resort Las Vegas, para se focar em Macau.

O grupo, que opera casinos nos Estados Unidos, Macau e Singapura, celebrou acordos para a venda definitiva do The Venetian Resort Las Vegas, Sands Expo e o seu Centro de Convenções em Las Vegas.

A venda do icónico The Venetian em Las Vegas aconteceu cerca de dois meses depois da morte do fundador do grupo, o magnata norte-americano dos casinos Sheldon Adelson, que faleceu aos 87 anos, no dia 12 de janeiro, vítima de cancro.

Las Vegas deixou de ser, há muito, a capital mundial do jogo, que se mudou para Macau, com avultados investimentos por parte do grupo, sendo o maior deles o homónimo ‘The Venetian Macao’.

Os casinos em Macau geraram 63% da receita da empresa em 2019, que foi de 13,7 mil milhões de dólares (11,5 mil milhões de euros), seguidos de Singapura, que representaram 22% da receita, e só depois os dos Estados Unidos.

A filial do grupo norte-americano em Macau, Sands China, inaugurou em fevereiro a primeira fase do Londoner, com tema britânico, um investimento a rondar os 1,6 mil milhões de euros, depois de já ter recriado Veneza e Paris em casinos com o mesmo nome.

Macau, capital mundial do jogo, é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal e obteve em 2019 receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 31,1 mil milhões de euros).

Contudo, no ano passado, devido ao impacto causado pela pandemia, os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas (6,2 mil milhões de euros), uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior.

Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, Venetian (Sands China), MGM e Melco, exploram casinos no território.

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