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Oposição da Venezuela classifica de ‘fracasso’ a participação nas eleições

Freddy Guevara, primeiro vice-presidente do parlamento e representante da oposição ao Governo de Nicolás Maduro, revelou aos jornalistas que o processo fracassou. Contudo, o executivo falou de uma adesão maciça dos venezuelanos ao ato eleitoral.
30 Julho 2017, 19h21

No dia em que os venezuelanos foram às urnas para eleger os membros para a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), o representante da oposição disse estar seguro que o regime “vai iniciar todo um processo para demonstrar com imagens dos centros eleitorais uma imagem de que em teoria tudo está em paz e está tudo feliz”, e que ao mesmo tempo apague “a repressão que exercem contra o povo”.

Segundo a Lusa, também o deputado opositor José Guerra afirmou, na sua conta de Twitter, que a eleição da Constituinte foi “um fracasso monumental”, uma mensagem que acompanhou com duas fotografias da rua quase vazia em frente a um centro de votação no centro de Caracas.

No entanto, o vice-presidente do Governo venezuelano, Tareck el Aissami, saudou o decorrer da jornada, em que serão eleitos milhares de candidatos, e sem a participação da oposição, aos 545 membros da Assembleia Constituinte convocada por Maduro.

El Aissami depois de votar no estado costeiro de Aragua, falou para a televisão dizendo que “triunfou a paz, podemos dizer, triunfou a democracia. O povo saiu, de forma maciça, para exercer este direito humano, este direito fundamental”.

Também o chefe da campanha para a Constituinte, Héctor Rodríguez, disse que o “rio de gente” que, na sua opinião, foi hoje votar “contra a violência” que diz ser causada pela oposição durante os protestos contra o Governo.

Nem mesmo em dia de eleições a violência parou, hoje mesmo três pessoas foram mortas em confrontos nas últimas horas no interior do país, segundo deputados da oposição.

De recordar que mais de cem pessoas foram mortas nos protestos anti-governamentais que têm agitado a Venezuela desde o passado dia 1 de abril.

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