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Oracle: “Somos obcecados com a proteção de dados. Aqui não há leaks”

A multinacional de TI, que está presente no mercado há mais de 40 anos, tem hoje cerca de 27 mil clientes no seu ERP na ‘nuvem’. Em Portugal, dois dos novos clientes neste tipo de software de gestão e orçamentação são bancos.
23 Janeiro 2020, 07h50

A Oracle Portugal garante que cresceu acima da percentagem do grupo norte-americano no último trimestre do ano fiscal, à semelhança daquilo que tem vindo a acontecer nos trimestres anteriores. No entanto, como também tem vindo a ser a regra, a empresa não divulga números locais. “Com muita pena nossa. Posso dizer que crescemos a single-digit”, admitiu Bruno Morais, country manager, num encontro com jornalistas.

“A public cloud tem sido um dos nossos maiores diferenciadores. Duplicou nos últimos três meses. As aplicações cloud cresceram a duplo dígito”, referiu o porta-voz português da tecnológica com sede na Califórnia. “Somos obcecados com a proteção de dados. Aqui não há leaks“, afirmou ainda o diretor da Oracle Portugal, em declarações aos meios de comunicação social.

Bruno Morais explicou que a transição para a cloud está a acontecer com o espaço e o tempo que os clientes nacionais pretendem. “Acreditamos que o futuro é a interligação entre clouds, de diferentes fabricantes”, sublinhou. No centro da Oracle em Matosinhos, os engenheiros portugueses já estão inclusive a desenvolver projetos para os Estados Unidos e para a América do Sul – quando o plano inicial passava apenas por exportar esses serviços para a região da EMEA.

João Borrego, diretor de Soluções de Engenharia da Oracle Portugal, adiantou ainda que a empresa irá abrir mais um centro de dados na Europa já no próximo mês de fevereiro. Porém, Portugal ainda se mantém fora do roadmap para receber estes data centers.

A multinacional de Tecnologias da Informação (TI), que está presente no mercado há mais de quatro décadas, tem hoje cerca de 27 mil clientes no seu ERP [sistema integrado de gestão empresarial] na ‘nuvem’. Em Portugal, dois dos novos clientes neste tipo de software de gestão e orçamentação são bancos.

Glintt: “Temos tido uma forte ligação ao longo dos últimos anos”

No segundo trimestre do ano fiscal 2020 (iniciado a 1 de setembro de 2019 e terminado a 30 de novembro do ano passado), a empresa de software norte-americana apresentou resultados mistos: receitas globais de 9,62 mil milhões de dólares (cerca de 8,3 mil milhões de euros) – uma subida de 0,5% mas ligeiramente abaixo dos 9,65 mil milhões de dólares antecipados pelos analistas – e ganhos de 0,90 dólares por ação – acima dos 0,88 dólares previstos pelo mercado.

A área cloud e de suporte foi uma das que mais se destacou, tendo em conta que representou 6,81 mil milhões de dólares (aproximadamente 6,1 mil milhões de euros) de volume de negócios, um crescimento de 3% em termos homólogos. Já as receitas de hardware caíram 2%, para 871 milhões de dólares (785 milhões de euros) e as de serviços recuaram 1%, para 806 milhões de dólares (727 milhões de euros) – em linha com as estimativas das researchs.

Nesses três meses um dos clientes que reforçou o trabalho com a Oracle foi a portuguesa Glintt, nomeadamente na contratualização de aquisição de software para cloud pública e para os seus centros de dados. “Temos tido uma forte ligação ao longo dos últimos anos”, realçou o CEO da Glintt, Nuno Vasco Lopes. A tecnológica com sede no Beloura Office Park, em Sintra, afirmou que tem investido em chatbots da Oracle e investido em soluções de recolha em tempo real de dados de transações das farmácias ou de combate à falsificação de medicamentos.

A Oracle antecipa que a maioria das operações (85%) manuais de TI e das tarefas de gestão de dados serão totalmente automatizadas. “Praticamente todos os aspetos da gestão dos dados, os conteúdos analíticos, o desenvolvimento das aplicações e as trocas de informação irão utilizar tecnologias de machine learning e de inteligência artificial para automatizar as tarefas manuais, os processos analíticos e a visão humana”, pode ler-se do relatório de previsões tecnológicas da empresa.

As ações da Oracle encerraram a sessão desta quarta-feira com uma ligeira descida de 0,91%, para 54,72 dólares na Bolsa de Nova Iorque.

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Notícia atualizada às 8h54

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