Um mealheiro feito na escola, de tecido, e decorado com boneco de plasticina. É aqui que Leonor, de nove anos, guarda há alguns meses a semanada oferecida pelos pais ou avós: dois euros. O pedido, feito pela diretora do colégio, tem como objetivo ensinar às crianças o valor do dinheiro. Na próxima semana, de visita à Disney, vai aproveitar para comprar uma prenda.
De acordo com a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) é importante atribuir uma semanada às crianças desde cedo, entre os seis e os sete anos – para aprenderem o valor do dinheiro e fazerem escolhas sobre o que realmente querem comprar. É também nesta altura que aprendem as bases do cálculo e começam a ter noção dos diferentes tipos de moedas.
Por outro lado, a mesada deve ser oferecida mais tarde: a partir dos 10-11 anos, altura em que as crianças pedem mais dinheiro aos pais. Neale Godfrey, autora de “Money Doesn’t Grow on Trees” (“O Dinheiro Não Nasce em Árvores”) e outros livros sobre crianças, explica: “Uma das grandes lições é estabelecer uma diferença entre necessidades e desejos. E a principal lição que se deve ensinar aos filhos é a de que os recursos são finitos”.
Quando deve dar semanada?
Idade ideal. Entre os seis e os sete anos. É nesta altura que as crianças começam a ter a noção do valor do dinheiro e a fazerem escolhas sobre o que realmente querem comprar.
Neale Godfrey, a autora do livro “O Dinheiro Não Nasce em Árvores” sugere três mealheiros para as crianças: um para pôr a semanada, outro para juntar uma parte do dinheiro oferecido no aniversário ou no Natal (servirá para atingir um objetivo a médio prazo, por exemplo a compra de uma bicicleta) e o restante noutro mealheiro, que se destinará a concluir um objetivo de longo prazo: um curso ou a compra de um carro.
O que os pais devem fazer. A semanada não deve incluir tarefas que já fazem parte da rotina diária das crianças, como arrumar ou quarto ou estudar.
Quando deve dar mesada?
Idade ideal. Entre os dez e os 11 anos. As crianças já têm uma noção mais real do dinheiro e das coisas que querem comprar.
Uma criança ou um adolescente com muito dinheiro pode optar por um consumismo excessivo, alerta a Associação de Instituições de Crédito Especializado. Já um valor irrisório pode fazer com que o seu filho não seja capaz de gerir corretamente o próprio dinheiro. A participação das crianças nas conversas sobre as despesas familiares é uma forma de entender o dinheiro como um recurso esgotável.
O que os pais devem fazer. Ensine a definir prioridades. Existe uma grande diferença entre o que queremos e o que precisamos. Não haja por impulso aos pedidos dos filhos.
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