[weglot_switcher]

Ordem dos Médicos pede confinamento geral e adoção de medidas mais robustas de combate à pandemia

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, pediu, num “grito de alerta pelos doentes”, que o Governo adote um confinamento geral e que aumente a capacidade de testagem de infetados e respetivos contactos para quebrar as cadeias de transmissão.
  • Flavio Lo Scalzo/Reuters
18 Janeiro 2021, 11h59

Perante o agravamento da situação da pandemia em Portugal, a Ordem dos Médicos lançou um “grito de alerta pelos doentes” onde pede que o Governo decrete “um confinamento geral, no mínimo semelhante ao que ocorreu em março/abril de 2020” e que aumente “de forma exponencial a capacidade de testagem de pessoas infetadas e seus contactos”. O Bastonário da Ordem dos Médicos entende que o país vive uma situação emergente na saúde por “ausência de medidas robustas por parte de quem tem a responsabilidade política de tomar decisões”.

Num comunicado enviado, esta terça-feira, às redacções, Miguel Guimarães indica 10 de propostas de combate à pandemia que incluem também o reforço da “capacidade de resposta das equipas de saúde pública, com os meios necessários e profissionais de saúde competentes” para realizar inquéritos epidemiológicos “válidos e em tempo útil.”

O responsável apela ainda que sejam utilizados todos os recursos dos sistemas de saúde para dar uma resposta integrada e consistente a todos os doentes Covid-19 e não Covid-19.

Na lista de recomendações, o Bastonário defende que sejam revistos “os critérios de prioridade na vacinação” e que os médicos de família sejam libertados das funções associadas ao Trace-Covid (de rastreio de contactos) para que os doentes possam ter mais facilmente acesso aos cuidados de saúde primários.

Além de pedir um reforço das equipas para proteger “as pessoas mais frágeis”, como os idosos nos lares, e que haja uma colaboração mais próxima com “as instituições legalmente competentes”, a Ordem dos Médicos pede que o Governo comunique “aos portugueses de forma transparente, coerente e objetiva, não omitindo a verdade, não tentando esconder a gravidade da situação, nem tentando encontrar bodes expiatórios para justificar a incapacidade de liderar o combate à pandemia”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.