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Ordem dos Médicos pede divulgação dos mapas de risco da Covid-19 e nova aliança para a saúde

Miguel Guimarães fez ainda críticas ao Orçamento do Estado para 2021: “Os profissionais de saúde fizeram um trabalho notável durante esta pandemia, estão a fazer um trabalho notável, vão continuar a fazê-lo e isso não transparece neste OE”.
  • Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães
20 Outubro 2020, 19h57

O bastonário da Ordem dos Médicos disse esta terça-feira que, na reunião com o Presidente da República, solicitou que a comunicação dos dados epidemiológicos fosse mais “clara, curta e verdadeira”, transmitida por pessoas mais jovens ou figuras públicas, e defendeu a criação de uma nova aliança para a saúde, composta por entidades da sociedade civil.

“Somos todos da opinião de que uma conferência de imprensa semanal seria suficiente”, sugeriu Miguel Guimarães depois da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa. “Mas era fundamental que se divulgassem os mapas de risco (locais, concelhios) que não estão a ser divulgados e são fundamentais para dar segurança às pessoas”, sublinhou o bastonário à imprensa, a partir do Palácio de Belém.

Para o bastonário, o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) não está de acordo com as expectativas destes profissionais, pois não investe o que deveria no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente na carreira médica, o que considera “uma falha grave”.

A proposta de OE2021, que chegou à Assembleia da República na semana passada, estabelece um aumento de 4,1% (ou 500 milhões de euros) para a área da Saúde e uma subida de 467,8 milhões de euros especificamente para o SNS.

“Os profissionais de saúde fizeram um trabalho notável durante esta pandemia, estão a fazer um trabalho notável, vão continuar a fazê-lo – porque nunca vão desistir e colocam sempre os doentes em primeiro lugar – e isso não transparece neste Orçamento do Estado”, criticou Miguel Guimarães, à saída do encontro com o chefe de Estado, que irá amanhã receber a Ordem dos Enfermeiros.

Este fim de semana a Ordem dos Médicos posicionou-se contra a obrigatoriedade de instalar a aplicação StayAway Covid por acreditar que não há evidência científica de que utilizar a app contribui para a diminuição da incidência da doença causada pelo novo coronavírus.

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