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Órgão federal dos EUA prevê défice fiscal a triplicar e desemprego a 16%

Gabinete de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos estima uma contração na economia dos EUA, com o PIB a cair já 5,6% este ano, arrastado por uma queda de 39,6% no segundo trimestre de 2020. Contudo, espera-se uma recuperação de 23,5% no terceiro trimestre e de 10,5% no quarto.
25 Abril 2020, 09h13

O Gabinete de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos prevê que este ano o défice fiscal no país vai triplicar e o desemprego atingir 16% devido à crise causada pela covid-19.

Antes da pandemia, o mesmo órgão federal não partidário que fornece informação económica ao Congresso, projeta que a dívida deverá alcançar os 101% Produto Interno Bruto (PIB) no final deste ano fiscal.

A mesma entidade também estima uma contração na economia dos EUA, com o PIB a cair já 5,6% este ano, arrastado por uma queda de 39,6% no segundo trimestre de 2020. Contudo, espera-se uma recuperação de 23,5% no terceiro trimestre e de 10,5% no quarto.

Em relação ao desemprego, prevê-se um aumento que chegará a 16% no terceiro trimestre de 2020, embora até o final do ano seja estimada uma recuperação para 11,7%. Até o final de 2021, o desemprego cairá para 9,5%.

Antes da crise do coronavírus, a taxa de desemprego era de 3,8%, considerado praticamente pleno emprego. No entanto, nas últimas cinco semanas, quase 27 milhões de empregos foram destruídos devido à desaceleração económica no país.

Os Estados Unidos registaram 1.258 mortos nas últimas 24 horas devido à pandemia da covid-19, o registo diário mais baixo em quase três semanas, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

No total, 51.017 pessoas morreram nos Estados Unidos. O número de infetados subiu para mais de 890 mil, com cerca de 96 mil pessoas a serem dadas como recuperadas.

Os Estados Unidos continuam a ser o país com registo de mais mortos e de casos confirmados.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou quase 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 736 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

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