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Estado já recebeu 588 milhões em empréstimos ao Novo Banco. “Contribuintes vão recuperar o dinheiro”, garante António Costa (com áudio)

“Não são donativos é mesmo um empréstimo. É de longo prazo o pagamento”, afirmou o governante durante debate sobre política geral no Parlamento. Até ao momento o Estado já recebeu 588 milhões de euros em juros dos empréstimos que fez.
12 Maio 2021, 15h20

O primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta quarta-feira, que os contribuintes iriam recuperar o dinheiro emprestado à banca quando respondia a uma pergunta do líder do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio sobre o Novo Banco.

Durante a sua intervenção no Parlamento no debate sobre política geral, António Costa explicou que o dinheiro cedido ao Novo Banco “é assegurado pelo Fundo de Resolução cujo financiamento provém das contribuições da banca, sendo o fundo recente e as contribuições da banca ainda insuficiente durante vários anos o Estado teve de emprestar ao Fundo de Resolução”.

“O dinheiro necessário tem sido devidamente remunerado em juros”, referiu o primeiro-ministro, apontando que até ao momento o Estado “recebeu 588 milhões de euros de juros dos empréstimos que fez”. “Não são donativos é mesmo um empréstimo. É de longo prazo o pagamento”, garantiu o governante, acrescentando que “o Estado, os contribuintes vão recuperar o dinheiro empreste à banca”.

O primeiro-ministro respondia ao presidente social-democrata que criticou a postura do Governo perante o Novo Banco. “Entre 2014 e 2017 recebeu 4,9 mil milhões de euros do estado , mesmo assim na venda em 2017 que o Governo de António Costa fez garantiu mais 3,9 mil milhões. Dá 8,8 mil milhões de euros dos quais de impostos”, afirmou Rui Rio, destacando que este dinheiro equivale a “800 euros em média por cada português, este dinheiro dava para construir um hospital central em cada distrito do país”.

Rui Rio perguntou ainda ao primeiro-ministro se o Governo ia continuar a pagar sem verificar primeiro e recordou o momento em que questionou o executivo de Costa sobre o Novo Banco estar a vender “créditos ao desbarato”. “Com a auditoria do Tribunal de Contas sabemos que o Governo não verifica nada”, rematou.

 

 

 

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