O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes desfiliou-se do PSD e anunciou a intenção de fundar um novo partido. “O que constatei foi que o PSD gostava muito de ouvir os meus discursos, mas ligava pouco às minhas ideias”, lamentou, em carta aberta dirigida aos militantes do PSD. Por seu lado, Pedro Duarte, antigo presidente da JSD, criticou a estratégia política de Rui Rio e assumiu a intenção de concorrer à liderança do PSD. “Até ao final deste ano é importante que haja decisões”, avisou, em entrevista ao jornal “Expresso”. A caminho das três eleições agendadas para 2019, o PSD (e o centro-direita por extensão) parece assim estar próximo do ponto de ebulição.
Que efeito poderá ter o eventual novo partido de Santana Lopes nos resultados eleitorais do PSD em 2019 e no âmbito de uma potencial reorganização do espaço de centro-direita? “O centro-direita em Portugal sofreu sempre de um ‘complexo de afirmação’, em resultado do período vivido no pós-25 de abril e do receio de associação ao anterior regime. A maturidade da democracia portuguesa, o atual posicionamento do PSD e do CDS, bem como o quadro de atores políticos atuais, permite vislumbrar espaço para a emergência de novos partidos neste espectro político, sendo a posição de Santana Lopes facilitada por diversos fatores”, começa por salientar Bruno Ferreira Costa, professor de Ciência Política na Universidade da Beira Interior.
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