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Pablo Forero: “Ninguém nos perguntou se concordamos com lei dos grandes devedores”

Durante a apresentação dos resultados anuais do BPI, o presidente do banco falou da lei dos grandes devedores que impõe aos bancos a divulgação de informação até aqui abrangida sob sigilo bancário. “A nós ninguém nos perguntou se concordamos ou não com a lei. Nós limitamo-nos a cumprir a lei”, disse Pablo Forero.
  • Cristina Bernardo
1 Fevereiro 2019, 13h39

O presidente executivo do BPI, Pablo Forero, lembrou que ninguém pediu a opinião dos bancos sobre a lei dos grandes devedores que o Presidente da República anunciou que ia promulgar.

Durante a apresentação dos resultados anuais do BPI, o presidente do banco falou da lei dos grandes devedores que impõe aos bancos a divulgação de informação até aqui abrangida sob sigilo bancário. “A nós ninguém nos perguntou se concordamos ou não com a lei. Nós limitamo-nos a cumprir a lei”, disse Pablo Forero.

O BPI é um dos bancos que recebeu ajuda do Estado e portanto está abrangido pela lei que autoriza a divulgação dos grandes devedores às comissões parlamentares.

“Para nós não é uma grande novidade, entregamos há largos anos a lista dos grandes e pequenos devedores ao Banco de Portugal, à central de responsabilidades de crédito”, disse Pablo Forero, que adiantou que “agora também estamos a informar o BCE”. O que é novidade, lembrou, “é que o Parlamento pediu ao Banco de Portugal a lista de devedores”.

O BPI lembrou que “do nosso lado a ajuda pública traduziu-se num contributo de 100 milhões de euros parao Tesouro”. Este é o saldo líquido entre juros pagos e juros recebido da ajuda de 1.500 milhões que o banco recebeu e que foi integramente paga.

Auditoria à CGD 

Já sobre a auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos Pablo Forero preferiu não comentar, mas salientou que a CGD “é um banco muito importante para Portugal e a equipa de gestão atual é excelente”.

A promulgação do projeto-lei está a marcar agenda pública no dia em que o CEO da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, se desloca à Assembleia da República para entregar o relatório final que a consultora EY realizou a gestão do banco público entre 2000 e 2015.

Recorde-se que o Estado injetou 1.650 mil milhões de euros em junho de 2012.

Pablo Forero revelou ainda, na sessão de perguntas e respostas, que a já anunciada abertura em Portugal do CaixaBank Consumer Finance continua à espera de autorizações dos reguladores.

O presidente do BPI disse ainda que a maior venda de carteira de crédito malparado foi no valor de 400 milhões de euros, numa  operação que foi realizada em novembro do ano passado e com a qual o banco lucrou 17 milhões de euros.  “A nossa ideia é fazer novas vendas de malparado este ano. Demora tempo, mas faremos outras em 2019”, disse ainda.

(atualizada)

 

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